Guiné Equatorial "persegue mercenários" após alegada tentativa de golpe
A Guiné Equatorial está a proceder a uma "intensa" caça ao homem para capturar "mercenários" que estarão por trás da alegada tentativa de golpe de Estado que o regime do presidente Teodoro Obiang Nguema disse quarta-feira ter abortado.
© Reuters
Mundo Regime
Citado hoje pela agência France Presse (AFP), um alto responsável do Governo equato-guineense, que solicitou anonimato, salientou que as operações se estendem a todo o país, na parte insular e continental, ao mesmo tempo que garantiu que a situação está "relativamente calma"
As operações de busca estão concentradas sobretudo na zona de Ebibeyin e nas florestas em redor, no nordeste da parte continental da Guiné Equatorial e próximo da fronteira com o Gabão e Camarões, bem como em localidades "onde se terão infiltrado", como em Bata, Malabo e Mongomo, acrescentou a fonte.
A AFP cita ainda a fonte a afirmar ser "difícil precisar o número exato de mercenários" ainda "infiltrados" na Guiné Equatorial, país africano colonizado pela Espanha e que acedeu à independência em outubro de 1968, tendo aderido à Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) em 2014.
Quinta-feira, as Nações Unidas nomearam um emissário que irá deslocar-se na próxima semana à Guiné Equatorial para analisar a situação com as autoridades locais.
Um dia antes, segundo as autoridades de Malabo, Ebibeyin foi palco de confrontos entre o exército equato-guineense e "mercenários. Um dos "mercenários" terá sido morto, segundo o exército local.
No mesmo dia, o presidente equato-guineense disse que as forças armadas e de segurança do país abortaram uma tentativa de golpe de Estado, tendo explicado em comunicado que os factos datam de 24 de dezembro último.
No documento é indicado que "um grupo de mercenários estrangeiros", na maioria chadianos, mas também sudaneses e centro-africanos, tentou na noite da véspera de Natal atacar o Palácio Presidencial de Koete Mongomo, onde se encontrava Obiang Nguema.
O palácio situa-se na parte continental do país, a cerca de 50 quilómetros de Ebibeyin, área em que, a 27 de dezembro, foram detidos "vários mercenários" já no lado camaronês da fronteira.
As fronteiras terrestres estão encerradas, havendo uma grande concentração de militares junto às linhas de delimitação do país com o Gabão e Camarões.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com