Acabaram de encerrar as assembleias de voto na Catalunha. A partir das 20h00 locais (menos uma em Lisboa), só votaram os eleitores que se encontravam dentro do recinto e os presidentes e vogais que durante todo o dia receberam os sufrágios dos seus concidadãos, iniciando-se em seguida a contagem dos votos nas mesas repartidas pelos 947 municípios catalães.

A jornada eleitoral, realizada num dia de trabalho, caracterizou-se pela ausência de incidentes e por uma participação muito elevada, que às 18h00 horas alcançava 68,32% dos eleitores recenseados, mais 5,2% que nas anteriores eleições regionais, em 2015, quando, à mesma hora, registava 63,12% de afluência às urnas.

Um total de 5.554.394 catalães, mais 0,79% que em 2015, tinham direito de voto neste escrutínio destinado a eleger os 135 deputados que compõem o parlamento catalão, que deverá eleger o próximo presidente da Generalitat, o governo regional.

As projeções à boca das urnas dão um empate técnico aos dois blocos que disputam a liderança. Porém, esta sondagem aponta como provável uma vitória dos Cidadãos para o parlamento regional da Catalunha, mas a soma dos partidos independentistas continuará a ter a maioria absoluta dos lugares, representados pela Esquerda Republicana de Catalunha (ERC – Esquerda), Juntos por Catalunha (Centro-direita) e a Candidatura de Unidade Popular (CUP – Esquerda radical).

Primeiras projeções dão vitória ao Cidadãos, mas maioria aos independentistas© dr

Ao que tudo indica os Cidadãos (direita liberal) são o partido mais votado, que conseguirá eleger entre 34 a 37 deputados e a soma dos partidos independentistas conseguia obter 67 a 71 lugares, sendo 68 os deputados necessários para obter a maioria absoluta. As projeções são igualmente claras relativamente à derrota do Partido Popular (que se ficará apenas por seis assentos parlamentares), considerado pelos especialista como “o grande derrotado destas eleições”, refere o La Vanguardia.

#ÚLTIMAHORA Según la encuesta a cierre de urna de @GAD3_com para ‘La Vanguardia’, Arrimadas se convertiría en la fuerza más votada y los independentistas lograrían la mayoría https://t.co/O3JyKsW2tY #EleccionesCataluña

— La Vanguardia (@LaVanguardia) 21 de dezembro de 2017

Já uma projecção da TV3 segue no mesmo sentido. O Cidadãos surge como a força mais votada, mas o bloco independentista garante a maioria dos mandatos, com as três forças soberanistas (ERC, Juntos pela Catalunha) a assegurarem entre 67 e 71 assentos parlamentares. 

A consulta feita por telefone e não à saída das urnas do jornal catalão La Vanguardia é uma das únicas que está a ser revelada, visto que a maior parte das televisões nacionais decidiu, ao contrário de outras eleições, não organizarem as sondagens tradicionais. O La Vanguardia indica também uma taxa de participação de 84%, quase 10 pontos percentuais superiores à da eleição anterior, de 2015.

Todos os analistas consideram que esta sondagem dá uma imagem idêntica ao que tem sido noticiado nos últimos dias, mas insistem em pedir muita prudência com esta sondagem, visto tratar de uma consulta feita pelo telefone. 

A consulta tem lugar pouco menos de dois meses depois de o chefe do Governo espanhol, Mariano Rajoy, ter destituído o governo regional anterior liderado por Carles Puigdemont por ter feito uma tentativa de secessão da Catalunha. O ex-presidente catalão acompanhará a noite eleitoral no centro de convenções de Bruxelas, onde se encontra desde a declaração unilateral de independência, juntamente com quatro antigos membros da Generalitat. 

[Notícia em atualização]