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Catalunha: Líderes votaram e deixaram recados. Agora, venha o resultado

Cabeças de lista dos principais partidos que concorrem às eleições desta quinta-feira já votaram.

Notícias ao Minuto

12:40 - 21/12/17 por Pedro Bastos Reis

Mundo Eleições

Mais de cinco milhões de catalães são hoje chamados a votar nas eleições para o parlamento regional da Catalunha. As imagens que chegam da região mostram filas gigantes para as urnas. A dividida sociedade catalã está unida no lado histórica que estas eleições representam para o futuro.

Os cabeças de lista dos principais partidos já votaram, à excecção de Carles Puigdemont e de Oriol Junqueras - o primeiro por estar em Bruxelas, o segundo por estar preso -, e depois de exercerem o seu direito falaram à imprensa.

A última cabeça de lista a votar foi Inés Arrimadas, líder do Ciudadanos da Catalunha, que está em primeiro lugar nas intenções de voto, lado a lado com a ERC de Oriol Junqueras. Depois de votar, Arrimadas congratulou-se com “as filas” para as urnas, “um bom sinal”. De seguida, reiterou a intenção de levar a normalidade à Catalunha. “Vamos lutar muito para que a Catalunha volte à normalidade”, disse.

Impedido de se deslocar às urnas, Junqueras deixou uma mensagem à sua esposa. “Querida Neus, hoje queria estar contigo e com as crianças mais do que nunca. A casualidade quis que hoje se assinalassem os quatro anos do nosso casamento. Quatro anos intensos, mas de felicidade”, escreveu Junqueras no Twitter.

Já a número dois da lista da ERC, Marta Rovira, aproveitou o momento de votar para relembrar, precisamente, que o cabeça de lista não fez campanha por estar detido.

Impedido de se deslocar à Catalunha, Carles Puigdemont, ex-líder da Generalatitat que concorre pela lista Juntos pela Catalunha, deixou uma mensagem a partir de Bruxelas. “Hoje é um dia muito importante, não para a Catalunha de hoje, mas para a Catalunha do futuro”. A acompanhar a mensagem, colocou uma fotografia de uma jovem a votar.

Já o candidato do Partido Popular (PP), Xavier García Albiol, aproveitou a oportunidade para criticar os políticos que levaram um laço amarelo na lapela, um ato simbólico em solidariedade com os prisioneiros que não tiveram a possibilidade de se deslocarem às urnas. “O voto é secreto, não deveria haver uma identificação institucionalizada. Parece-me que é irregular”, acusou Albiol.

O cabeça de lista do Partido Socialista da Catalunha (PSC), Miquel Iceta, pediu uma “mudança de rumo” na política catalã e prevê uma “alta participação” nas eleições. “Depositei o meu voto com todas as esperanças, desejos e sonhos. A partir de amanhã vamos todos trabalhar para que seja possível avançar", garantiu.

Xavier Domènech, cabeça de lista da Catalunha em Comum – Podemos (CeC-P), realçou o facto de que “quem tem a chave é a cidadania” e, nesse sentido, mostrou-se confiante no resultado de hoje. “Este país vai superar esta situação de uma forma positiva”.

O primeiro a votar nesta quinta-feira foi Carles Riera, da CUP, partido de extrema-esquerda catalão, que atacou Madrid e alertou para os dirigentes detidos. “São eleições totalmente excecionais porque foram convocadas depois do golpe de estado do [artigo] 155, com presos políticos e com uma parte do governo no exílio e a outra na prisão, mas também porque o movimento republicano aspira ganhar as eleições para o reverter e começar, já amanhã, a construir a república catalã”

Como não poderia deixar de ser, o ex-presidente da Generalitat, Artur Mas, foi votar e criticou Madrid pela forma como foi realizado o referendo de 1 de outubro. “Sempre que quisermos votar, deveríamos votar desta maneira e não como o que aconteceu no dia 1 de outubro. Oxalá que no futuro não tenhamos de viver uma situação como aquela”. Para finalizar, Artur Mas pediu ainda que seja aceite o resultado que hoje saia das urnas. “É muito provável que haja uma participação muito alta e por isso será uma fotografia muito real da sociedade catalã neste momento. Há que respeitar o resultado, seja ele qual for”.

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