Israel: Trump "admite seriamente" mudar embaixada dos EUA para Jerusalém
Donald Trump "admite seriamente" transferir a embaixada dos Estados Unidos em Israel de Telavive para Jerusalém, declarou hoje o seu vice-Presidente, Mike Pence, e após o líder da Casa Branca ter indicado em outubro que desistia desta promessa eleitoral.
© Reuters
Mundo Mike Pence
O vice-Presidente, aguardado em Israel em dezembro, emitiu esta declaração em Nova Iorque durante um discurso pronunciado por ocasião do 70º aniversário da adoção de uma resolução da ONU que implicou a criação do Estado de Israel.
"O Presidente Donald Trump estuda seriamente quando e como deslocar a embaixada americana em Israel de Telavive para Jerusalém", disse Mike Pence perante diplomatas e dirigentes judeus reunidos no Queens Museum.
Foi neste edifício, a sede provisória à ONU após a sua criação, que em 29 de novembro de 1947 a Assembleia geral das Nações Unidas aprovou uma partilha da Palestina em três entidades, permitindo a coexistência de um Estado judeu e de um Estado árabe, enquanto Jerusalém e arredores permaneceriam sob controlo internacional.
Em 07 de outubro, Donald Trump indicou que, ao contrário de uma das suas promessas de campanha, a embaixada norte-americana em Israel não seria deslocada de Telavive para Jerusalém antes de tentar relançar o processo de paz israelo-palestiniano.
No início de junho, a Casa Branca anunciou que Donald Trump tinha finalmente decidido adiar a sua decisão, pelo menos durante seis meses.
Este dossiê foi entretanto atribuído ao seu genro Jared Kushner, de origem judaica e encarregado pelo Presidente de relançar o processo de paz, bloqueado desde a primavera de 2014.
A comunidade internacional nunca reconheceu Jerusalém como capital de Israel, nem a anexação da sua parte oriental conquistada em 1967, e a generalidade das embaixadas estrangeiras permanecem instaladas em Telavive.
Israel considera a Cidade santa a sua capital "eterna e reunificada", mas os palestinianos defendem pelo contrário que Jerusalém-leste deve ser a capital do Estado palestiniano ao qual aspiram, num dos principais diferendos que opõe as duas partes em conflito.
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