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Centenas de talhos não abriram em protesto pela regulação de preços
Os proprietários de centenas de talhos de diversas regiões da Venezuela decidiram permanecer encerrados hoje, em protesto pela regulação de preços máximos impostos pelo executivo para a venda de frango e carne de vaca.
© Global Imagens
Mundo Proprietários
O comerciantes queixam-se de que são obrigados a vender a preços que lhes provocam perdas económicas e que, mesmo assim, são encerrados e multados por funcionários do Instituto para a Defesa das Pessoas no Acesso a Bens e Serviços (Indepadis), que se mantêm insensíveis à situação.
"Estamos dispostos a continuar com a greve se não houver um acordo. Não é justo que encerrem os talhos e os frigoríficos de maneira arbitrária", disse o talhante Luís Cabrera aos jornalistas, insistindo que alguns estabelecimentos comerciais tiveram que pagar multas até 37.500 bolívares (4.650 euros) em Anzoátegui, a leste de Caracas.
Os comerciantes dizem que recebem carne a preços superiores a 50 bolívares (6,20 euros) por cada quilograma e que são obrigados a vender a 27,29 bolívares por quilo(3,38 euros).
Segundo o presidente da Confederação Nacional de Agricultores e Produtores de Gado, José Gregório Meza, os talhantes solicitaram, há mais de quatro anos, ao Ministério de Agricultura e Terras da Venezuela a criação de um cabaz básico que regule também o preços dos produtos agrícolas e pecuários usados na produção de gado.
Na semana passada, as autoridades venezuelanas multaram e encerraram temporariamente uma sucursal da rede de supermercados Central Madeirense, propriedade de portugueses, por terem detetado, numa inspeção, que havia carne de vaca à venda a um preço superior ao estipulado pelo executivo.
Entretanto, o Indepabis anunciou que continuará com inspeções constantes a supermercados, para verificar o cumprimento dos preços estabelecidos pelo Governo venezuelano.
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