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Catalunha: Suspensa declaração de Carles Puigdemont
A declaração do presidente da Generalitat foi suspensa. Não se sabem os motivos da decisão.
© Reuters
Mundo Espanha
Carles Puigdemont tinha previsto fazer uma declaração oficial sobre o destino da Catalunha esta tarde. O comunicado do presidente da Generalitat esteve inicialmente previsto para as 12h30, chegou a ser adiada para as 13h30, mas acabou suspensa. Os motivos deste cancelamento são para já desconhecidos.
O líder do executivo catalão deverá fazer a prometida declaração às 17h00 (16h00) no Palácio da Generalitat, uma hora antes do arranque da sessão no parlamento regional, cuja hora inicialmente prevista foi também adiada.
Depois de ontem terem ocorrido diversas reuniões entre o governo regional e grupos de partidos independentistas, era esperado que a declaração de independência estivesse eminente. No entanto, fontes do partido Juntos pelo Sim davam a conhecer que Puigdemont iria antes dissolver o parlamento e convocar eleições antecipadas, que segundo o La Vanguardia seriam a 20 de dezembro.
Saliente-se que, o Tribunal Constitucional espanhol recusou prontamente os recursos apresentados pelo governo da Catalunha para travar a aplicação do artigo 155.º da Constituição.
Com a antecipação de eleições, o governo catalão esperava atrasar a aplicação do artigo. Mas neste momento, os contornos da sua aplicação já estão a ser discutidos na especialidade e serão votados às 17h00 locais (menos uma hora em Lisboa), sendo que a votação final ficará a cargo do Senado, que tem plenário agendado para esta sexta-feira.
O jornal Ara noticia ainda que durante a reunião desta manhã, o líder da Generalitat teria justificado a decisão de convocar eleições também com o facto de ter receio “de um cenário de violência extrema por parte do Estado em caso de declaração unilateral de independência”.
Entretanto, dois deputados do PdeCAT no parlamento catalão anunciaram a saída do partido, em protesto contra a eventual decisão do presidente do governo regional de convocar eleições antecipadas na Catalunha, em detrimento da declaração unilateral de independência. Milhares de pessoas reuniram-se em frente à sede do governo catalão onde o Presidente iria fazer o comunicado, com o intuito de pressionar Carles Puigdemont a proclamar a República.
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