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© Reuters
Mundo UE
Os movimentos Fatah, secular e moderado e ao qual pertence o presidente da Autoridade Nacional Palestiniana (ANP), Mahmud Abbas, e Hamas, radical islâmico, assinaram na quinta-feira um acordo de reconciliação no Cairo, que acaba com quase 10 anos de desentendimentos.
Os representantes dos dois movimentos afirmaram na capital egípcia que o primeiro passo deste acordo será reforçar o governo da ANP, que até agora só exercia o poder na Cisjordânia, enquanto o enclave da Faixa de Gaza era dirigido pelo Hamas.
"O acordo firmado entre a Fatah e o Hamas no Cairo a 12 de outubro pode tornar-se num passo importante para o regresso completo da Autoridade Palestiniana a Gaza e para alcançar um progresso genuíno para a reconciliação intra-palestiniana", assinalou o serviço europeu de ação externa, num comunicado.
A diplomacia comunitária - liderada pela Alta-Representante da UE para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, a italiana Federica Mogherini - revalidou também "o total apoio aos esforços para reunificar Gaza e a Cisjordânia ao abrigo de uma única e legítima Autoridade Palestiniana".
"Isto é fundamental para alcançar uma solução negociada de dois Estados e para acabar com o conflito" entre Israel e a Palestina, frisou a mesma nota informativa.
A UE precisou que vai analisar "com atenção" o acordo assinado na quinta-feira e saudou "o contínuo compromisso do Egito" para a concretização de tal objetivo.
"É essencial que o acordo seja concretizado no terreno e que a situação do povo de Gaza registe melhoras com um caráter de urgência", concluiu o comunicado da diplomacia comunitária.
Segundo o Governo egípcio, o acordo prevê que a Autoridade Palestiniana terá o controlo total da Faixa de Gaza até 01 de dezembro, tendo um alto responsável envolvido nas negociações indicado que 3.000 polícias da Autoridade Palestiniana vão ser destacados para o enclave e para as suas fronteiras com Israel e com o Egito.
A Fatah anunciou que Mahmud Abbas se deslocará nas próximas semanas a Gaza, pela primeira vez em 10 anos.
Em reação ao acordo, o Governo israelita exigiu que qualquer governo de unidade palestiniano resultante da reconciliação dos movimentos rivais reconheça Israel e desarme o Hamas.
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