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Governo pede a Puigdemont para não começar nada que seja irreversível

O porta-voz do Governo espanhol apelou hoje ao presidente regional da Catalunha, Carles Puigdemont, para que não "comece nada que seja irreversível", a poucas horas de uma sessão no parlamento catalão na qual poderá declarar unilateralmente a independência da região.

Governo pede a Puigdemont para não começar nada que seja irreversível
Notícias ao Minuto

13:25 - 10/10/17 por Lusa

Mundo Catalunha

"Quero pedir ao senhor Puigdemont que não comece nada que seja irreversível, que não inicie um caminho sem retorno, que não faça nenhuma declaração unilateral de independência e que regresse à legalidade, que volte ao diálogo no Parlamento da Catalunha", declarou à imprensa Íñigo Mendez de Vigo.

O ministro da Educação e porta-voz do executivo em Madrid, que falava à margem da inauguração de uma exposição em Madrid, apelou à "sensatez" e à "reflexão", recorrendo a uma citação do poeta andaluz Antonio Machado.

"Hoje, dizia o poeta (numa alusão a Antonio Machado), é sempre todavia e espero que esse 'hoje é sempre todavia' esteja inundado de sensatez e reflexão para evitar algo que, no final, será muito prejudicial para a Catalunha e para os catalães".

O ministro considerou a instabilidade política na região foi causada pela atuação do governo de Carles Puigdemont, que no seu entender provocou uma rotura entre os cidadãos.

Também recordou que a atitude da Generalitat provocou a fuga de muitas empresas da Catalunha, porque "não confiam" nesse governo.

Méndez de Vigo acrescentou que uma declaração de independência seria também "um fracasso da Europa", mas recordou que a União Europeia deixou claro que não reconhecerá uma Catalunha independente.

O presidente regional da Catalunha, Carles Puigdemont, tem previsto hoje comparecer no parlamento catalão, numa sessão que servirá, oficialmente, para analisar os resultados e efeitos do referendo catalão, mas que poderá resultar na declaração formal e unilateral de independência.

O chefe da Generalitat (governo regional da Catalunha) tem agendada a presença a partir das 18:00 (menos uma hora em Lisboa) no parlamento regional, numa sessão plenária tem como ponto único na ordem de trabalhos a análise da situação política na região na sequência do referendo pela independência de 01 de outubro - que o Tribunal Constitucional considerou ilegal.

Ainda que não conste da ordem de trabalhos, Puigdemont poderá declarar unilateralmente a independência da Catalunha, tal como consta nos prazos inscritos na lei do referendo, também ela considerada ilegal pela justiça espanhola.

Já a antecipar uma declaração unilateral de independência, a associação pró-independência Assemblea Nacional Catalana (ANC) apelou a uma grande concentração de cidadãos perto do parlamento regional à hora do plenário.

As autoridades já instalaram um perímetro de segurança na zona -- com uma vedação tripla -- para proteger os deputados regionais.

Face a este cenário, o presidente do governo espanhol, Mariano Rajoy, reiterou que o executivo em Madrid "fará tudo o que for preciso", com "mão firme e sem complexos" para impedir a independência da Catalunha.

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