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Turquia declara referendo no Curdistão iraquiano ameaça à sua segurança

O Conselho de Segurança Nacional da Turquia classificou hoje como "ameaça à segurança nacional" o referendo sobre a independência do Curdistão iraquiano, convocado pelas autoridades desta região autónoma para segunda-feira.

Turquia declara referendo no Curdistão iraquiano ameaça à sua segurança
Notícias ao Minuto

20:55 - 22/09/17 por Lusa

Mundo Conselho Segurança

"O referendo representa uma ameaça para a segurança nacional da Turquia", segundo o comunicado que saiu da reunião do Conselho (MGK, na sigla em Turco).

O MGK é integrado pelo Presidente, Recep Tayyip Erdogan, primeiro-ministro, Binali Yildirim, pelos ministros da Defesa, Justiça, Interior e Negócios Estrangeiros, pelo chefe do Estado Maior e pelos comandantes dos quatro corpos das Forças Armadas.

"A Turquia reserva-se todos os direitos que resultam dos acordos internacionais e bilaterais, se o referendo se realizar, apesar de todos os nossos avisos", destaca-se no texto, segundo a agência noticiosa semipública Anadolu.

Aí se adiantou que o referendo é "ilegal e inaceitável" e se convidaram as autoridades do Curdistão iraquiano a renunciar à sua realização "enquanto estão a tempo".

Também se recordou que a Turquia está "disposta a fazer o que puder para que o governo central iraquiano e as autoridades do Curdistão resolvam as suas diferenças baseadas no diálogo e na Constituição".

Mas se Erbil (capital do Curdistão iraquiano) "persistir no erro, vão ser inevitáveis resultados desastrosos, que prejudicarão o norte do Iraque e toda a região", anteciparam os participantes na reunião do MGK.

Finalizado o encontro, que durou três horas, reuniu-se o conselho de ministros, também sob a direção de Erdogan.

Para sábado está convocada uma reunião extraordinária do Parlamento, na qual se prevê que seja renovada a autorização dada ao governo, em 2012, para intervir militarmente na Síria ou no Iraque, se a segurança nacional o exigir.

Habitualmente, esta decisão rotineira seria votada e aprovada no final de setembro, ou início de outubro, mas foi antecipada no que parece ser um gesto político dirigido às autoridades do Curdistão iraquiano.

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