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ONU cria regime de sanções para o Mali para salvar o acordo de paz
O Conselho de Segurança da ONU aprovou hoje por unanimidade uma resolução criando um regime geral de sanções para o Mali, onde se multiplicam os obstáculos ao processo de paz e reconciliação.
© iStock
Mundo Conselho Segurança
"Trata-se de um pedido explícito do governo maliano" e "de dar um novo impulso ao acordo de paz" de 2015, que está "seriamente ameaçado", declarou o embaixador francês na ONU, François Delattre.
O texto prevê a possibilidade de proibição de viajar e de congelamento de bens e a sua aprovação será seguida da criação na ONU de um comité de sanções para identificar os indivíduos ou entidades que violam as suas disposições e de um painel de especialistas para garantir o cumprimento das sanções.
Podem ser identificados indivíduos ou entidades ligados a violações do cessar-fogo, a impedimentos à aplicação do acordo de paz, a ataques contra as forças armadas do Mali ou os 'capacetes azuis', a violações dos direitos humanos ou a obstáculos à distribuição de ajuda humanitária.
O Conselho de Segurança "está gravemente preocupado com a volátil situação de segurança, nomeadamente com o desenvolvimento de atividades criminosas e terroristas no centro e sul do Mali e a intensificação dos tráficos de droga e de seres humanos" no país, indica a resolução.
Nos últimos meses, a violência tem aumentado no Mali com repetidas violações do cessar-fogo e ataques contra os "capacetes azuis", que estão no país para acompanhar a aplicação do acordo de 2015 assinado entre o Governo e grupos armados reunidos numa plataforma.
O norte do Mali ficou sob controlo de grupos 'jihadistas' ligados à Al-Qaida em março-abril de 2012, tendo estes sido em grande parte expulsos em 2013 após uma intervenção militar francesa que continua. No entanto, grandes áreas do país continuam fora de controlo das forças malianas e estrangeiras.
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