Paquistão poderá perder estatuto de aliado privilegiado dos EUA
O Paquistão poderá perder o seu estatuto de aliado privilegiado dos Estados Unidos se não mudar de atitude em relação aos talibãs afegãos, como exigiu o Presidente norte-americano, Donald Trump, declarou hoje o secretário de Estado, Rex Tillerson.
© Reuters
Mundo Rex Tillerson
Inquirido pela imprensa sobre se Washington vai reduzir a ajuda, impor sanções ou retirar a Islamabad o estatuto de "grande aliado não-membro da NATO", o chefe da diplomacia norte-americana respondeu que tudo será equacionado.
"Todas essas coisas estão em cima da mesa se, na prática, eles se recusarem a mudar de atitude ou a alterar a sua política em relação a muitas organizações terroristas que encontram refúgio no Paquistão", assegurou.
Ao apresentar hoje a sua estratégia para o Afeganistão, onde decorre "a guerra mais longa da história norte-americana", Trump aumentou a pressão sobre o vizinho Paquistão, que acusou de ser "frequentemente um refúgio para os agentes do caos, da violência e do terror".
"[O Paquistão tem] muito a perder se continuar a abrigar criminosos e terroristas. Isso deve mudar e deve mudar imediatamente", frisou, na base de Fort Myer.
Dezoito horas após o discurso do Presidente norte-americano, o Paquistão declarou-se hoje desiludido com os Estados Unidos e reiterou que, ao contrário do que Trump afirmou, não permite que o seu território seja usado contra outros países.
"É dececionante que o comunicado da política dos Estados Unidos ignore os enormes sacrifícios que o Paquistão tem realizado", indicou o ministério dos Negócios Estrangeiros paquistanês, em comunicado.
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