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EUA impõem sanções financeiras a Maduro e congelam bens do presidente

Os EUA impuseram hoje sanções jurídicas e financeiras sem precedentes contra o Presidente venezuelano, congelando os seus bens e classificando-o de "ditador", em resposta à eleição de domingo de uma Assembleia Constituinte em clima de violência.

EUA impõem sanções financeiras a Maduro e congelam bens do presidente
Notícias ao Minuto

22:21 - 31/07/17 por Lusa

Mundo Venezuela

"As eleições ilegítimas de ontem [domingo] confirmam que [Nicolas] Maduro é um ditador que despreza a vontade do povo venezuelano", disse o secretário do Tesouro norte-americano, Steven Mnuchin, citando em comunicado do seu departamento, no qual se anunciou um congelamento de "todos os bens" do Presidente venezuelano nos Estados Unidos.

As sanções impostas impedem ainda que os cidadãos americanos possam fazer qualquer negócio com Nicolas Maduro.

O assessor do Presidente norte-americano, Donald Trump, para a Segurança Nacional, H.R. McMaster, descreveu a eleição que vai permitir a Maduro reescrever a Constituição, como uma "captura escandalosa do poder absoluto" que representa "um rude golpe para a democracia no hemisfério".

"Maduro não é só um mau líder, agora também é um ditador", disse McMaster.

O impacto financeiro das sanções impostas não é percetível, refere a Associated Press (AP), uma vez que não foi revelada a relação de bens do presidente venezuelano nos Estados Unidos.

Os Estados Unidos condenaram firmemente no domingo a eleição da Assembleia Constituinte na Venezuela e prometeram "medidas fortes e rápidas" dirigidas ao governo do Presidente Nicolas Maduro.

"Os Estados Unidos condenam" esta eleição, "que põe em perigo o direito do povo venezuelano à autodeterminação", declarou, em comunicado, Heather Nauert, porta-voz do Departamento de Estado.

De acordo com o Ministério Público venezuelano, pelo menos dez pessoas morreram, na sequência de confrontos, durante a jornada eleitoral para a Assembleia Constituinte, promovida pelo Presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, e boicotada pela oposição.

Além dos Estados Unidos, a Colômbia, o Panamá, o Peru, a Argentina e a Costa Rica anunciaram já que não iam reconhecer a futura Assembleia Constituinte venezuelana. A Bolívia denunciou a submissão destes países ao governo norte-americano.

O Canadá afirmou que esta é uma "eleição antidemocrática".

O México lamentou que o governo venezuelano tenha organizado um escrutínio "contrário aos princípios democráticos universalmente reconhecidos", de acordo com um comunicado da Secretaria de Relações Externas (SRE).

No mesmo comunicado, o México condenou os incidentes de violência e repressão e considerou que avançar com a constituição da Assembleia Constituinte significa "uma continuação do conflito".

O México defendeu ser "o momento" de privilegiar "o diálogo e a reconciliação", instando Governo e oposição a realizarem um diálogo genuíno e com garantias que permitam ao povo venezuelano restaurar a ordem democrática e retomar o caminho de desenvolvimento e o Estado de Direito.

O Brasil lamentou a decisão do Governo venezuelano em não cancelar as eleições de domingo para a Assembleia Constituinte, confirmando "a rutura da ordem constitucional" naquele país, divulgou num comunicado o Ministério das Relações Exteriores brasileiro.

Já a União Europeia defendeu que a Assembleia Constituinte "não pode ser parte da solução" da crise no país, condenando o "desproporcionado" uso da força pelos agentes de segurança venezuelanas.

A convocatória para a eleição foi feita a 01 de maio pelo Presidente, Nicolás Maduro, com o principal objetivo de alterar a Constituição em vigor, nomeadamente os aspetos relacionados com as garantias de defesa e segurança da nação, entre outros pontos.

A oposição venezuelana acusa Nicolás Maduro de pretender usar a reforma para instaurar no país um regime cubano e perseguir, deter e calar as vozes dissidentes.

O Presidente da Venezuela anunciou hoje que a nova Assembleia Constituinte vai ser usada para promover o diálogo e a paz nacional, acabar com a sabotagem opositora, a guerra económica e reestruturar o Ministério Público.

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