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Milhares de jordanos protestam em funeral contra Israel
O jovem Mohammad Jawawdah, de 16 anos, foi abatido a tiro no passado domingo, depois de ter atacado um guarda israelita na embaixada do país em Amã. Milhares de jordanos querem que a embaixada israelita seja retirada da Jordânia.
© Reuters
Mundo Jordânia
Milhares de jordanos protestaram esta terça-feira na capital do país para que o Governo feche a embaixada de Israel em Amã, depois de um jovem ter sido morto por um guarda israelita, no passado domingo, na embaixada.
Enquanto carregavam o caixão com o corpo do jovem Mohammad Jawawdah, de 16 anos, milhares de jordanos gritavam palavras de ordem contra o Governo jordano e contra Israel. “Não a uma embaixada ou embaixador israelitas em território jordano”, gritavam os manifestantes, segundo a Reuters.
Desde a passada sexta-feira, quando as autoridades israelitas instalaram detetores de metais à entrada da mesquita de Al-Aqsa que Amã se tornou palco de várias manifestações contra as medidas de segurança introduzidas por Israel, consideradas pelos muçulmanos como tentativas de controlar a Esplanda das Mesquitas, o terceiro lugar sagrado do islão.
A tensão entre Jordânia e Israel subiu de tom no domingo, quando um guarda israelita matou dois jordanos na embaixada de Israel em Amã. Na versão das autoridades jordanas, Mohammad Jawawdah, trabalhador de uma empresa de móveis, deslocou-se à embaixada para fazer uma entrega. Terá atacado o guarda, acabando por ser abatido a tiro. Na sequência do tiroteio, um segundo jordano acabaria também por morrer.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, conversou ao telefone com o rei Abdullah II da Jordânia, e acabaram por chegar a um acordo para que os funcionários da embaixada, incluindo o guarda que baleou o jovem de 16 anos, chegassem tranquilamente a Israel.
Na mesma conversa telefónica, terá sido também discutida a escalada de tensão entre palestinianos e autoridades israelitas resultantes das medidas de segurança impostas por Israel na entrada da Esplanada das Mesquitas.
De recordar que, na segunda-feira, Israel afirmou que vai retirar os detetores de metais do local, substituindo-os por um sistema de videovigilância de alta tecnologia, sem terem sido especificados mais pormenores. Contudo, a alteração nas medidas de segurança está longe de agradar aos muçulmanos, que as veem como mais uma tentativa israelita de controlar um lugar sagrado para o islão.
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