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Reino Unido: May disposta a ser líder difícil e Corbyn promete escutar

A atual primeira-ministra britânica e líder conservadora, Theresa May, afirmou hoje estar "disposta a ser uma mulher difícil" para atingir os objetivos do seu futuro governo, enquanto o rival trabalhista, Jeremy Corbyn, prometeu ser um primeiro-ministro que escuta.

Reino Unido: May disposta a ser líder difícil e Corbyn promete escutar
Notícias ao Minuto

23:17 - 29/05/17 por Lusa

Mundo Eleições

Os dois políticos britânicos participaram hoje num programa televisivo dedicado às eleições legislativas antecipadas, agendadas para 08 de junho, em que responderam, em separado, às perguntas de uma audiência. Theresa May e Jeremy Corbyn foram posteriormente entrevistados por um jornalista.

Quando questionada por um espetador se o rótulo de "mulher difícil" (ideia que teve origem num seu correligionário) podia prejudicar os conservadores, a primeira-ministra britânica disse que será uma líder difícil se isso implicar um bom acordo com a União Europeia (UE) sobre o 'Brexit' (como ficou conhecida a saída britânica do bloco europeu) ou em outras questões nacionais.

May justificou a decisão de convocar eleições legislativas antecipadas no Reino Unido porque "o resto dos partidos queria minar o governo" e assegurou que, apesar de ter defendido a permanência na UE, vai trabalhar para que o 'Brexit' seja um sucesso.

Apesar desta intenção, a política conservadora reiterou que prefere deixar as negociações do 'Brexit' "sem acordo" que aceitar "um mau acordo".

Por seu lado, o líder trabalhista quando questionado sobre a sua capacidade de liderar o governo do Reino Unido afirmou que será um primeiro-ministro que "vai escutar as pessoas".

"Nunca se deve ser arrogante e poderoso ao ponto de deixar de ouvir as outras pessoas e de aprender com elas", disse Jeremy Corbyn.

Sobre o 'Brexit', Corbyn explicou que aceita "o resultado do referendo" de 23 de junho de 2016, no qual 52% dos britânicos votaram para sair da UE, mas indicou que, se chegar ao governo, vai negociar com Bruxelas "o acesso ao comércio sem tarifas nos mercados europeus".

Corbyn recusou-se a determinar um valor limite para a imigração - diferente de May, que pretende reduzir esse valor para um número inferior a 100.000 pessoas - e insistiu que a imigração é boa para a economia britânica.

As últimas sondagens dão aos 'tories' (nome por que são conhecidos os conservadores) uma vantagem de cinco a 11 pontos percentuais, números menos expressivos do que os 25 pontos percentuais que detinha Theresa May quando convocou as eleições antecipadas, a 18 de abril deste ano.

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