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Socialistas espanhóis iniciam amanhã campanha eleitoral para "primárias"
A campanha para as eleições internas destinadas a escolher o próximo secretário-geral do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) começa na terça-feira, tendo como ponto mais alto um debate entre os três candidatos previsto para 15 de maio próximo.
© Reuters
Mundo PSOE
Os representantes dos candidatos, Susana Díaz, Pedro Sánchez e Patxi López, estiveram reunidos esta manhã na sede do partido, em Madrid, para discutir o processo que levará às eleições "primárias" de 21 de maio.
A comissão organizadora do 39.º Congresso do PSOE, que se realiza de 16 a 18 de junho, informou que cada uma das três candidaturas terá 50.000 euros para gastar durante a campanha eleitoral oficial que começa terça-feira e termina em 20 de maio.
Um montante que será adicionado às contribuições que cada um já recebeu de particulares na respetiva conta bancária que foi aberta há várias semanas pela direção provisória dos socialistas espanhóis.
Os representantes dos candidatos também concordaram com a realização de um único debate a três que terá lugar ao meio-dia de 15 de maio.
O ex-presidente do parlamento e antigo presidente da Comunidade Autónoma do País Basco Patxi López foi o primeiro a anunciar a sua candidatura e a lançar-se na corrida às "primárias" socialistas.
O ex-secretário-geral Pedro Sánchez, que se demitiu do lugar em 01 de outubro do ano passado depois de ter perdido a confiança do partido na sua estratégia, decidiu voltar a lutar pelo cargo numa candidatura controversa anunciada em 30 de janeiro último e que está a dividir os militantes socialistas.
Finalmente, a atual presidente da Comunidade Autónoma da Andaluzia, Susana Díaz, apoiada pelo "aparelho" e os "históricos" do PSOE, que travou uma guerra surda com Pedro Sánchez no ano passado, anunciou oficialmente a sua candidatura em 26 de março último.
O PSOE está a ser dirigido desde 01 de outubro do ano passado por uma comissão de gestão que está a organizar as primárias e o congresso do partido.
Apesar de liderar a oposição ao Governo de Mariano Rajoy e de ter sido o segundo partido mais votado, nas eleições legislativas de dezembro de 2015 e na repetição feita em junho de 2016, Pedro Sánchez obteve os piores resultados do PSOE desde o início da transição democrática espanhola (1977).
O Partido Popular (direita) foi o partido mais votado nas últimas eleições legislativas espanholas, realizadas em 26 de junho de 2016, com 33% dos votos, seguido pelo PSOE com 22,7%, Unidos Podemos (extrema-esquerda) com 21,1% e Cidadãos (centro) com 13,0%.
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