Defesa dos EUA reitera promessa de defender Seul face à Coreia do Norte
O secretário da Defesa dos Estados Unidos, James Mattis, reiterou hoje o compromisso de Washington em defender Seul face a eventuais ataques da Coreia do Norte, durante uma conversa telefónica com o seu homólogo sul-coreano, Han Min-koo.
© Getty Images
Mundo James Mattis
A conversa entre ambos teve lugar a propósito do início das manobras militares anuais conjuntas e numa altura de alta tensão na península coreana devido ao recente teste de mísseis de Pyongyang e ao assassínio, na Malásia, de Kim Jong-nam, meio-irmão do líder norte-coreano, Kim Jong-un.
Durante a conversa, James Mattis reafirmou que qualquer ataque da Coreia do Norte contra os Estados Unidos e os seus aliados terá uma resposta "efetiva" e "esmagadora", indicaram fontes governamentais de Seul à agência noticiosa Yonhap.
O novo secretário da Defesa norte-americano enviou assim uma mensagem idêntica à que expressou durante a sua visita à Coreia do Sul no início do mês, naquela que foi a sua primeira viagem ao país aliado desde que assumiu o cargo.
O ministro da Defesa da Coreia do Sul, por seu turno, salientou a importância "para manter a paz na península da Coreia" dos exercícios conjuntos Foal Eagle, que começam hoje, assim como das manobras Key Resolve, que arrancam no próximo dia 13, segundo as mesmas fontes.
Han e Mattis também abordaram a decisão relativa ao escudo antimísseis THAAD, que vai ser instalado em território sul-coreano com o objetivo de intercetar projéteis lançados pela Coreia do Norte.
Os responsáveis pela segurança nacional dos dois países, Kim Kwan-jin e H.R. McMaster, mantiveram outra conversa ao telefone, centrada precisamente neste projeto que se prevê que seja finalizado este ano.
"Ambas as partes sublinharam a necessidade de destacar um THAAD com vista a frustrar as ameaças nucleares e de mísseis do Norte, e decidiram levar [o projeto] adiante sem qualquer atraso", informou o gabinete da presidência sul-coreana em comunicado.
O Governo da Coreia do Sul formalizou na véspera a compra dos terrenos que vão acolher o escudo antimísseis, um projeto que desencadeou fortes críticas por parte da China e da Rússia, que o consideram uma ameaça.
O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês Geng Shuang advertiu na terça-feira que Pequim vai adotar "as medidas necessárias" para proteger os seus interesses contra a atitude "desrespeitosa" de Seul por "insistir em trabalhar com os Estados Unidos e acelerar o processo de instalação" do sistema.
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