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Colômbia queixa-se a Caracas pelo encerramento unilateral da fronteira

O Presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, criticou hoje a decisão do seu homólogo da Venezuela, Nicolás Maduro, de encerrar a fronteira colombo-venezuelana e disse que tal medida não soluciona os problemas económicos venezuelanos.

Colômbia queixa-se a Caracas pelo encerramento unilateral da fronteira
Notícias ao Minuto

06:51 - 20/12/16 por Lusa

Mundo Juan Manuel Santos

"Encerrar a fronteira não é conveniente para ninguém e defendemos que essa situação se possa resolver o mais rapidamente possível, porque o problema não está na Colômbia. O problema da Venezuela, a sua situação económica, não está na fronteira, nem na Colômbia, está lá na Venezuela", disse durante um discurso na televisão.

Na semana passada, a 11 de dezembro, o Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, ordenou que as notas de cem bolívares fossem retiradas de circulação, em 72 horas, para alegadamente combater máfias internacionais (norte-americanas, colombianas, europeias e asiáticas), que disse estarem a armazená-las, para desestabilizar a economia venezuelana.

Nesse mesmo dia ordenou encerrar a fronteira terrestre com a Colômbia e o Brasil por 72 horas. Entretanto, no sábado, depois de protestos em várias regiões do país, o chefe de Estado venezuelano anunciou que as notas de cem bolívares vão continuar a circular até 02 de janeiro e que ambas as fronteiras vão continuar encerradas até essa data.

Na segunda-feira o Ministério dos Negócios estrangeiros da Colômbia emitiu um comunicado informando que "perante a estigmatização de parte das autoridades venezuelanas, onde se classificam algumas cidades do território nacional, especialmente Cúcuta, como sede de atividades económicas à margem da lei, o Governo colombiano condena enfaticamente tais classificativos".

"Os comerciantes de Cúcuta têm sido quem mais tem ajudado os milhares de venezuelanos que têm vindo ao país à procura de alimentos e medicamentos, nos últimos meses", sublinha.

Segundo o comunicado "a Colômbia desenvolve e estimula um sistema económico de legalidade. Para o caso particular da fronteira, as atividades económicas tradicionais e legais têm facilitado a aquisição de bens e serviços básicos que igualmente beneficiam a mais de seis milhões de venezuelanos que têm entrado no nosso território desde o passado 13 de agosto de 2016 (altura em que a fronteira foi reaberta)".

O documento explica que foi convocado o embaixador da Venezuela em Bogotá, Iván Rincón Urdaneta, "para lhe entregar uma comunicação oficial onde expressa o inconformismo" pelas declarações emitidas pelo Governo venezuelano "que reiteradamente culpam a Colômbia por uma situação económica que não é gerada no nosso país".

"Na citada comunicação, o Governo da Colômbia ressalta a sua vontade de estabelecer um mecanismo técnico que assegure que os detentores de bolívares (moeda venezuelana), que atuando de boa fé, possam ingressar ao sistema financeiro venezuelano as notas de 100 bolívares, produto da sua atividade comercial legal", explica o comunicado.

"A Colômbia reitera a importância de trabalhar conjuntamente na luta contra a ilegalidade", refere o documento, que aponta a necessidade de combater efetivamente o contrabando, especulação e corrupção.

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