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Mistério dos milhões de raparigas 'desaparecidas' na China foi resolvido?

Aborto ou infanticídio eram algumas das explicações para o desaparecimentos destas raparigas.

Mistério dos milhões de raparigas 'desaparecidas' na China foi resolvido?
Notícias ao Minuto

09:34 - 04/12/16 por Inês Esparteiro Araújo

Mundo População

Com a política chinesa em vigor de apenas ser permitido ter um filho por casal (já em vigor há 35 anos), tem sido avançado ao longo dos últimos tempos que tal medida teria levado a que cerca de 30 a 60 milhões de raparigas tivessem ‘desaparecido’ na China, criando assim um grande desequilíbrio de género naquela que é uma das maiores populações do mundo.

Contudo, dois investigadores confirmam agora num estudo que estes números não passam de uma mentira, significando isto que estas raparigas não estão desaparecidas. “As pessoas pensam que 30 milhões de raparigas desapareceram. Isso equivale à população da Califórnia”, reiterou John Kennedy, professor assistente na Universidade do Kansas.

Explicando que a maior parte dos estudos aponta o “aborto” ou o “infanticídio” como as razões para este desaparecimento, garante que eles encontraram a verdadeira explicação. Kennedy e Shi Yaojiang, da Universidade de Shaanxi, analisaram várias estatísticas e descobriram que o que na realidade aconteceu foi que estas crianças simplesmente não foram registadas à nascença.

Alegadamente, os governos locais terão feito acordos informais com as pessoas, permitindo-lhes ter um filho extra em troca de estabilidade social nas suas comunidades. “As pessoas que implementaram estes acordos fazem parte do governo, mas também fazem parte das vilas em questão”, acrescentaram os investigadores.

Os trabalhos destes autores remontam a 1996, quando entrevistaram um local na pronvíncia de Shaanxi e descobriram que este tinha duas filhas e um filho. “A que não existe”, era como tratava a filha do meio.

Noutras resultados desta longa investigação, compararam o número de crianças nascido em 1990 com o número de jovens na casa dos 20 anos em 2010 e aí descobriram que existiam mais quatro milhões de pessoas do que era suposto. 

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