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Quase 60% dos chineses teme que o seu país entre em guerra
Quase 60 por cento dos cidadãos chineses teme que o seu país entre num conflito militar com as nações vizinhas, devido a disputas territoriais, segundo uma sondagem difundida hoje pela imprensa local.
© iStock
Mundo Sondagens
No estudo, realizado pelo Centro de Investigação Pew, conta-se que 18% dos chineses afirma estar "muito preocupado", enquanto 41% está "algo preocupado", perante a possibilidade dos conflitos territoriais entre o seu país e nações vizinhas resultarem em guerra.
A sondagem revela ainda que 75% dos chineses considera que o papel da China no mundo é hoje mais importante do que há dez anos.
Ao serem questionados sobre as maiores ameaças exteriores para a China, 45% consideraram o "poder e influência dos Estados Unidos da América", seguido pela instabilidade na economia mundial (35%), alterações climáticas (34%), tensões com a Rússia (25%), ciberataques (21%), a organização extremista Estado Islâmico (15%) e os fluxos de refugiados (14%).
Já 60% dos chineses considera que a integração do seu país na economia global teve resultados positivos, enquanto apenas 23% considera ter sido prejudicial.
A maioria dos chineses - 56% - quer que as autoridades se concentrem em resolver os problemas domésticos e apenas 22% da população deseja que Pequim ajude outros países.
A nível interno, a corrupção surge como a maior preocupação para os chineses - 49% dos inquiridos consideram-na "um problema muito grande" e 34% "um problema moderadamente grande".
A desigualdade entre ricos e pobres preocupa 77%, seguida pela delinquência (75%) e a segurança alimentar e dos medicamentos (74%).
A poluição atmosférica é a oitava preocupação dos cidadãos chineses, a seguir à inflação e à poluição dos recursos hídricos.
Metade dos inquiridos diz estar disposta a sacrificar parte do crescimento econômico para solucionar os problemas do meio ambiente, enquanto apenas 24% aceita a poluição como o preço a pagar pela prosperidade.
Apesar de reconhecer a existência daqueles problemas, a maioria dos chineses espera melhorias no país, nos próximos cinco anos, segundo o estudo.
A sondagem da Pew realizou-se entre o dia 6 de abril e 8 de maio deste ano e abrangeu 3.154 inquiridos.
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