Bulgária apela à unidade e integração numa Europa sem periferias
O Presidente búlgaro apelou hoje à unidade e maior integração europeias para lidar com os atuais tempos de crise, como anfitrião do 12.º encontro do Grupo de Arraiolos, que reúne chefes de estados-membros sem poderes executivos.
© Reuters
Mundo Presidentes
Na cidade búlgara de Plovdiv, o Presidente da República Portuguesa, pelas 14:16 (12:16 em Lisboa), foi a segunda das nove figuras convidadas a cumprimentar, efusivamente, Rosen Plevneliev, à entrada para o Museu Etnográfico local, onde se iniciam os trabalhos que se prolongam até quinta-feira, já em Sofia.
Antes dos encontros de trabalho à porta fechada, o chefe de Estado da Bulgária defendeu que não se pode "querer que a Europa seja uma ilha de estabilidade no meio do atual oceano de instabilidade", referindo-se à "erosão das instituições europeias".
"Hoje em dia, a Europa enfrenta mais problemas do que no período pós-II Guerra Mundial", lamentou Plevneliev, citando a crise migratória, o terrorismo, as instituições democráticas e falta de confiança dos cidadãos nos seus representantes, o excesso de burocracia, o "Brexit" (saída do Reino Unido da União a 28).
Segundo o Presidente búlgaro, "é preciso unidade europeia", pois, "em tempos de desafios as famílias unem-se" para encontrar "soluções europeias comuns - união e integração são as únicas armas" em tempos em que "a segurança é uma prioridade".
"Não podemos ignorar nenhum membro. Nenhum estado-membro pode ser considerado como uma periferia", insistiu, ao dar as boas-vindas a Joachim Gauck (Alemanha), Sergio Mattarella (Itália), Raimonds Vejonis (Letónia), Marie Louise Coleiro Preca (Malta), Andrzej Duda (Polónia), Rebelo de Sousa (Portugal), Borut Pahor (Eslovénia), Janos Ader (Hungria) e Sauli Niinisto (Finlândia).
Na quinta-feira, no Museu de História Natural da capital, a sessão principal intitula-se "Balcãs, transformação histórica de um campo de jogos dos interesses das grandes potências numa parte integrante da Europa unida", e tinha prevista a presença da vice-presidente da Comissão Europeia para o Orçamento, a também búlgara Kristalina Georgieva e outra possível concorrente do português António Guterres à secretaria-geral das Nações Unidas.
Entretanto, fontes oficiais da organização do evento, reconhecendo que a participação de Georgieva estava prevista, confirmaram o cancelamento da mesma sem adiantar o motivo pelo qual a responsável europeia não vai marcar presença nos trabalhos.
A primeira reunião do Grupo de Arraiolos, então de seis Chefes de Estado (Portugal, Alemanha, Finlândia, Hungria, Letónia e Polónia) ocorreu em outubro de 2003, na vila portuguesa de Arraiolos, por iniciativa do antigo presidente da República, Jorge Sampaio, subordinada ao tema do alargamento europeu a leste.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com