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Angola com mais 123 novos casos suspeitos de febre-amarela

Angola contabilizou mais 123 casos suspeitos de febre-amarela na terceira semana de julho, face aos consecutivos indicadores semanais em queda da Organização Mundial de Saúde (OMS), segundo dados compilados hoje pela agência Lusa.

Angola com mais 123 novos casos suspeitos de febre-amarela
Notícias ao Minuto

09:14 - 29/07/16 por Lusa

Mundo OMS

Tendo em conta o mais recente relatório da OMS, que está a apoiar o combate à epidemia, foram contabilizados até 21 de julho 3.748 casos suspeitos de febre-amarela em Angola, contra os 3.682 da semana anterior, os 3.625 da primeira semana de julho e os 3.552 contabilizados até ao final de junho.

Desde 05 de dezembro há igualmente registo de 364 mortes atribuídas à epidemia de febre-amarela, mais três casos no espaço de uma semana.

No último relatório da OMS, a que a Lusa teve hoje acesso, refere-se que do total de casos de infetados por febre-amarela em Angola até à terceira semana de julho, 879 foram laboratorialmente confirmados como casos de febre-amarela, o mesmo acontecendo com 119 dos óbitos.

Contudo, a OMS também afirma que a epidemia está em regressão e que não foi reportado qualquer caso confirmado de febre-amarela em julho. O último caso devidamente confirmado registou-se no final de junho, no município da Cahama, na província do Cunene, no sul.

A epidemia teve início em Viana, arredores de Luanda, mas as autoridades de saúde angolanas já contabilizam casos suspeitos, e com propagação local, em todas as 18 províncias do país e confirmados em 16 destas.

De acordo com a OMS, Angola já recebeu cerca de 14 milhões de vacinas contra a febre-amarela e vacinou mais de 11 milhões de pessoas desde fevereiro, numa população-alvo estimada em 24 milhões.

Aquela organização das Nações Unidas assumiu a 19 de junho que a resposta à epidemia de febre-amarela em Angola levou pela primeira vez à rutura das reservas mundiais de emergência da vacina.

A doença já se propagou de Angola à vizinha República Democrática do Congo (RDCongo), que regista, segundo as últimas informações disponibilizadas à OMS, até 20 de julho, um total de 1.907 casos suspeitos e 95 vítimas mortais.

Também foram "exportados" casos para o Quénia e para a China, com a OMS a sinalizar a ameaça de propagação global da doença através de viajantes não imunizados contra a doença.

As campanhas de vacinação em Angola recorrem desde fevereiro, inicialmente apenas em Luanda, ao apoio dos militares e contam com ajuda financeira e técnica da OMS e da comunidade internacional, para a aquisição de vacinas.

A transmissão da doença é feita pela picada do mosquito (infetado) "aedes aegypti" que, segundo a OMS, no início desta epidemia, estava presente em algumas zonas de Viana, Luanda, em 100% das casas.

Trata-se do mesmo mosquito responsável pela transmissão da malária, a principal causa de morte em Angola, e que se reproduz em águas paradas e na concentração de lixo, dois problemas (época das chuvas e falta de limpeza de resíduos) que afetaram a capital angolana desde agosto passado.

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