Um museu para as memórias de infância perdida na guerra

"O meu sonho de me tornar bailarina nunca se concretizou, mas o meu amor pelo ballet sobreviveu, como estes sapatos de pontas", diz Mela, de 32 anos

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"Perdi o meu irmão e a minha casa, tudo, excepto este coelho azul", Meliha, 25 anos

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"Costumava imaginar que robôs que conseguissem buscar água e lenha. Assim o meu pai e eu não teríamos que arriscar as nossas vidas todos os dias", Sanin, 35 anos

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Lejla, de 30 anos, estimou tanto este peluche que nem brincou muito com ele

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"O buraco neste boné é uma recordação dos estilhaços que me feriram. Seis dos meus amigos morreram nesse dia", Goran, 34 anos

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"Não tínhamos muita comida, mas às vezes dava migalhas da última fatia de pão ao meu pássaro", Nihad, de 26 anos

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Amira, de 27 anos, tinha quatro quando lhe ofereceram esta boneca. Estava num campo de refugidos onde só havia bolas de esponja para as crianças. "Sempre que brincava com a Barbie punha-a a coser feridas ou a curar doentes. Mais tarde também me tornei médica", contou à Reuters

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"Este pedaço de tecido era para um vestido de baile de finalistas que ia usar na primavera de 1992. O vestido nunca chegou a ser feito", Maja, 42 anos

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"Pensava que era uma maçã verdadeira, mas era uma afia para lápis. Ainda se pode ver onde lhe mordi", Ljiljan, 32 anos

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"Saímos de um campo de refugiados na Croácia em 1994 e trouxe este rádio a energia solar comigo. Sabia que ia ser útil num país sem electricidade" conta Admir, de 32 anos 

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