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Jornalista norte-americana morta em 2012 "é responsável pela sua morte"

A jornalista norte-americana Marie Colvin, morta num bombardeamento atribuído ao regime sírio em 2012, "é a responsável" pela sua morte", afirmou o Presidente da Síria, numa entrevista hoje divulgada.

Jornalista norte-americana morta em 2012 "é responsável pela sua morte"
Notícias ao Minuto

10:59 - 14/07/16 por Lusa

Mundo Bashar al-Assad

Em resposta à cadeia norte-americana de televisão NBC, que perguntou a Bashar al-Assad se a jornalista era responsável pela própria morte, o líder sírio respondeu: "Claro".

"É uma guerra e ela entrou ilegalmente na Síria, trabalhou com os terroristas [designação dada pelo regime aos rebeldes]. Portanto, foi responsável por tudo o que lhe aconteceu", declarou Assad, que falou em inglês.

Colvin, de 56 anos, morreu em Baba Amr, em Homs. A jornalista trabalhava para o jornal britânico The Sunday Times.

"As forças armadas não sabiam que Marie Colvin estava algures" no país e "ninguém sabe se foi morta por um míssil, ou qual míssil, ou de onde veio o míssil, ou como", disse.

No sábado, a família de Colvin apresentou uma queixa, num tribunal norte-americano, contra o regime de Assad na qual afirma que a jornalista foi um alvo das forças sírias numa tentativa de a impedir de noticiar as atrocidades do Governo sírio.

A queixa, baseada em informação obtida através de documentos oficiais e desertores, alega que os militares sírios intercetaram as comunicações de Colvin e lançaram um ataque com granadas de morteiro contra a localização da jornalista.

O ataque de 22 de fevereiro de 2012 matou Colvin e o fotógrafo francês Rémi Ochlik. O fotógrafo britânico Paul Conroy, a jornalista francesa Edith Bouvier e o tradutor e ativista sírio Wael al-Omar ficaram feridos.

A queixa foi apresentada pela organização norte-americana Centro para a Justiça e Responsabilização (CJA, sigla em inglês) em nome da irmã da jornalista, Cathleen Colvin, e outros familiares.

"Ninguém tem provas. São apenas acusações", afirmou Bashar al-Assad, lembrando que centenas de jornalistas estiveram na Síria "legal e ilegalmente".

"Porquê escolher esta pessoa para a matar? Não há qualquer razão", disse.

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