UE critica violência na Ucrânia após incidentes com observadores
A União Europeia (UE) criticou hoje o "nível de violência sem precedentes" no leste da Ucrânia, onde uma equipa de observadores da OSCE foi visada por tiros apesar da trégua entre separatistas pró-russos e forças governamentais.
© Reuters
Mundo OSCE
"A subida significativa das violações do cessar-fogo na região de Donetsk representa um nível de violência sem precedentes" desde o último acordo de cessação dos combates em 2015", indicou o gabinete da chefe da diplomacia da UE, Federica Mogherini.
Uma equipa de observadores da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa foi alvo de tiros no sábado a cerca de 50 quilómetros a sul do bastião rebelde de Donetsk, anunciou a missão da OSCE no mesmo dia.
A equipa, que se encontrava em território controlado pelas forças governamentais, ouviu uma explosão a cerca de 100 a 200 metros do seu veículo e depois vieram tiros da mesma direção. "Pelo menos três ou quatro balas passaram a um ou dois metros acima das cabeças" dos observadores, disse a OSCE.
A 07 de abril, um observador foi ameaçado por um rebelde que lhe apontou uma arma num posto de controlo e a equipa a que pertencia teve de voltar para trás.
Os incidentes visando observadores são "inaceitáveis", referiu a UE, adiantando haver "uma necessidade urgente de um cessar-fogo duradouro".
O conflito no leste da Ucrânia causou mais de 9.200 mortos em dois anos.
Os combates entre o exército ucraniano e os separatistas baixaram de intensidade desde a instauração de uma trégua em setembro, mas surtos de violência e sobretudo as minas continuam a fazer subir o balanço.
As negociações de paz continuam em "ponto morto" há vários meses. Kiev e os ocidentais acusam a Rússia de apoiar militarmente os rebeldes, o que Moscovo desmente.
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