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EUA têm "obrigação moral" de liderar o desarmamento nuclear

O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, defendeu que o seu país tem "a obrigação moral" de continuar a liderar o caminho para a eliminação mundial das armas nucleares, num artigo hoje publicado no diário The Washington Post.

EUA têm "obrigação moral" de liderar o desarmamento nuclear
Notícias ao Minuto

20:26 - 31/03/16 por Lusa

Mundo Obama

"Penso que não devemos resignar-nos ao fatalismo de que a propagação de armas nucleares é inevitável", sustentou Obama no texto publicado por ocasião da IV Cimeira de Segurança Nuclear, que hoje começa em Washington, com a presença de líderes de mais de 50 países e a notada ausência da Rússia.

"[Alcançar] a segurança e a paz de um mundo sem armas nucleares é algo que não acontecerá rapidamente, talvez não aconteça durante a minha vida. Mas começámos a avançar para esse objetivo", sublinhou.

Segundo o Presidente norte-americano, os Estados Unidos, como "a única nação" que usou armas nucleares em combate, nos bombardeamentos das cidades japonesas de Hiroxima e Nagasaki durante a Segunda Guerra Mundial, "têm a obrigação moral de continuar a liderar o caminho para a eliminação" desse tipo de arsenais.

No artigo, Obama indicou que a cimeira que hoje se inicia na capital tem como principal objetivo "impedir que os terroristas obtenham e utilizem armas nucleares", como já havia adiantado a Casa Branca.

Os avanços do grupo extremista Estado Islâmico (EI) para além do Iraque e da Síria e os atentados terroristas da semana passada em Bruxelas elevaram o interesse da Casa Branca por abordar na cimeira o risco de esse ou outros grupos terroristas se apoderarem de materiais nucleares que vários países possuem para seu uso civil ou militar.

Esta cimeira internacional realiza-se de dois em dois anos desde 2010 por iniciativa de Obama, que se comprometeu, no início do seu mandato, a tornar a não-proliferação nuclear uma prioridade.

Desde então, fizeram-se "progressos importantes", na opinião do estadista, como a assinatura de um novo tratado START de desarmamento entre os Estados Unidos e a Rússia para que o número de ogivas nucleares que ambos os países possuem esteja, em 2018, no nível mais baixo desde a década de 1950.

Para Obama, os Estados Unidos e a Rússia, que detêm, em conjunto, mais de 90% das armas nucleares do mundo, "deveriam negociar para reduzir ainda mais as respetivas reservas".

Por sua vez, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, explicou na quarta-feira que a Rússia decidiu não ir à cimeira de Washington porque sentiu que houve "falta de cooperação quando se tratou de elaborar a agenda" do encontro.

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