Papa defende que seja pedido perdão a indígenas
O papa Francisco instou hoje, numa missa celebrada no sul do México, a que se peça perdão pela exclusão de que foram vítimas os povos indígenas e não se ignore "uma das maiores crises ambientais da história".
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"Muitas vezes, de forma sistemática e estrutural, os vossos povos [indígenas] foram incompreendidos e excluídos da sociedade. Alguns consideraram inferiores os vossos valores, a vossa cultura e as vossas tradições (...) É tão triste, que nos faria bem, a todos, fazer um exame de consciência e aprender a pedir perdão", declarou o papa em Chiapas, estado mexicano maioritariamente indígena.
"O desafio ambiental que vivemos e as suas raízes humanas afetam-nos a todos e interpelam-nos: já não podemos fazer orelhas moucas perante uma das maiores crises ambientais da História", acrescentou Francisco durante a missa ao ar livre, no meio das montanhas.
Pela primeira vez, na missa celebrada no centro desportivo de San Cristobal de las Casas, textos litúrgicos e orações foram proferidos nas principais línguas indígenas, por vontade expressa do papa.
San Cristobal de Las Casas, situada a 2.200 metros de altitude, tem o nome de "Las Casas", em memória do bispo dominicano Bartolomé de Las Casas, um dos primeiros defensores espanhóis dos direitos dos índios, nos séculos XV e XVI, em plena repressão dos povos autóctones pelos conquistadores.
Chiapas, com 4,7 milhões de habitantes, é também um dos estados mais pobres da Federação Mexicana. Trinta e seis por cento da população falam ainda a sua língua indígena.
O movimento zapatista (EXLN, Exército Zapatista de Libertação Nacional) deu muito que falar nos anos 1990, quando entrou em revolta, exigindo o reconhecimento e o respeito dos direitos indígenas e o controlo dos recursos naturais da região.
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