Fortuna do presidente ucraniano sobe 20% apesar da crise económica
O presidente da Ucrânia é o único dos dez ucranianos mais ricos do país a ver aumentada a sua fortuna, apesar da promessa de vender as suas empresas e da crise económica no país, divulgou hoje a imprensa local.
© Reuters
Mundo Poroshenko
A fortuna de Petro Poroshenko, empresário que lidera o "império do chocolate" na Ucrânia e que prometeu vender durante a campanha eleitoral das eleições de maio de 2014, é estimada pela revista Novoie Vremia em 979 milhões de dólares (895 milhões de euros), mais 20% do que no ano passado.
Este aumento, segundo a publicação ucraniana, permitiu a Poroshenko subir três lugares na lista dos mais ricos do país, ascendendo ao sexto posto.
O presidente ucraniano é proprietário da fábrica de chocolates Roshen, cujas lojas não param de multiplicar-se.
Apesar da promessa, Poroshenko acaboyu por nunca deixar a empresa, argumentando que a crise económica vigente não é uma boa altura para a vender.
Segundo a Novoie Vremia, os negócios "correm sobre rodas" para Poroshenko, que está também envolvido no setor bancário.
"O banco de investimento internacional do presidente aumentou os seus ativos em 84,8%, enquanto o sistema bancário do país se afundou, o que levou ao encerramento de 60 entidades bancárias", nota a revista.
A maioria pró-europeia no poder em Kiev prometeu atacar a corrupção que afeta o país em todas as áreas de atividade e níveis hierárquicos, criticando a influência dos oligarcas locais, que lideram os gangues poderosos constantemente em confronto.
Tendo como pano de fundo a profunda crise económica, agravada pelo mortífero conflito no leste separatista russo, todos os oligarcas viram as suas fortunas baixarem.
O mais afetado foi o número um da lista, Rinat Akhmetov, antigo tesoureiro do presidente pró-russo Viktor Yanukovitch, destituído após três meses de contestação pró-europeia, reprimida com violência.
A fortuna de Akhmetov, 49 anos, empresário ligado à indústria metalúrgica, cuja maior parte das fábricas se situa na zona de conflito no leste do país, diminuiu 56%, fixando-se nos 4,5 mil milhões de dólares (4,1 mil milhões de euros).
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