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Ex-chefe dos serviços secretos romeno admite centros de trânsito de detidos

O antigo chefe dos serviços de informações da Roménia disse que a CIA pode ter mantido no país um "centro de trânsito" para detidos mas sem que Bucareste soubesse em concreto a atuação a que os prisioneiros eram sujeitos.

Ex-chefe dos serviços secretos romeno admite centros de trânsito de detidos
Notícias ao Minuto

13:29 - 13/12/14 por Lusa

Mundo CIA

Após os atentados de Nova Iorque de 11 de setembro de 2001, a Roménia e os Estados Unidos abordaram a questão dos "centros de apoio para a CIA" que Bucareste deveria colocar à disposição dos serviços de informações norte-americanos" disse Ioan Talpes ao jornal Adevarul de Bucareste.

"Não se trata de nenhum centro de detenção. Eram simplesmente centros de trânsito", afirmou o antigo responsável pelos serviços secretos romenos sublinhando que na altura o país espera "luz verde" no processo de adesão à Aliança Atlântica.

"Os romenos não estavam interessados em saber aquilo que os norte-americanos estavam a fazer, precisamente para lhes demonstrar que podiam confiar em nós", disse ainda Talpes que chefiou os serviços de informações da Roménia entre 2000 e 2004.

O relatório sobre as atividades da CIA foi divulgado na terça-feira pelo Senado norte-americano e indica que os Estados Unidos torturaram prisioneiros após os atentados contra Nova Iorque de 2001.

O relatório refere que pelo menos 119 pessoas foram presas e mantidas em "locais secretos" em vários pontos do mundo que não estão identificados no documento mas que aparentemente podem ser a Roménia, Polónia, Lituânia, Tailândia e o Afeganistão.

Oficialmente a Roménia desconhece a existência de prisões secretas da CIA no país.

Ion Iliescu que foi chefe de Estado da Roménia durante o período referido no relatório do Senado dos Estados Unidos disse que o país "não sabia nada" sobre o assunto, enquanto o primeiro-ministro, Victor Ponta, remeteu qualquer esclarecimento para o Ministério dos Negócios Estrangeiros.

Até ao momento a diplomacia romena declinou qualquer comentário ou esclarecimento sobre o assunto.

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