Um olhar de véspera sobre o fim do mundo

O que tem o ‘Gangnam Style’ a ver com Nostradamus? Por que têm os preços das viagens subido em flecha? Qual a associação entre turismo, bunkers e kits de sobrevivência? Saiba (quase) tudo sobre o negócio do fim do mundo, apontado para esta sexta-feira.

--

©

Notícias ao Minuto
20/12/2012 08:43 ‧ 20/12/2012 por Notícias ao Minuto

Mundo

Negócio

É já amanhã que o mundo vai acabar. Pelo menos são muitos os que assim acreditam e escusa a Nasa de afastar a hipótese, ou de virem os anciãos Maias explicar que não é o mundo que vai acabar, que se trata apenas do fim de um ciclo prescrito no calendário daquela civilização, que permanece a crença, ou a crendice, de que pelas 11h12 desta sexta-feira daremos todos o último suspiro.

No entanto, a teoria do fim do mundo perpassa a tese. Vai mais longe. Há todo um frutuoso negócio que se alimenta da convicção de que tudo se irá extinguir. Vejamos. PSY, o músico sul-coreano responsável pelo êxito sem precedentes no YouTube, ‘Gangnam Style’, está a lucrar e muito, inadvertidamente ou não, com a tese do Apocalipse.

Isto porque circula nas redes sociais uma associação entre o hit musical e o profeta Nostradamus. Consta que este último terá escrito em 1503, por sinal ano em nasceu, as seguintes palavras: “Da calma manhã o fim virá/ Quando o número de círculos/ Do cavalo dançante chegar a nove”. Ora é sabido que os passos de dança de PSY em ‘Gangnam Style’ imitam o trote de um cavalo, e assim se constrói a ideia de que o sul-coreano é o (novo) anjo da morte. Estima-se que o cantor amealhe, só este ano, 8,1 milhões de dólares.

Por outro lado, o preço das viagens até ao berço da civilização maia, sobretudo para o México, sofreram um incremento para o dobro durante esta semana. Está também a ser preparada uma última ceia no México, cujo custo ascende aos 650 euros por cabeça. O governo deste país estimava conseguir atrair 52 milhões de turistas este ano, sendo que a contabilidade chega já aos 80 milhões.

Também os abrigos e kits de sobrevivência se tornaram em negócios em expansão. Alguns destes abrigos, subordinados ao lema “é melhor estar preparado do que assustado” têm os seus preços fixados em perto de 50 mil dólares. Para não falar nos livros sobre o fim do mundo: só nos últimos 30 dias no portal de vendas Amazon há registo de 190 novos títulos relacionados com a temática.

Mas este uso comercial do fim do mundo como trunfo publicitário tem vindo a desencadear uma onda de fanatismos e suicídios. Na Argentina, por exemplo, bloquearam-se os acessos a uma serra frequentada por adeptos do esoterismo, tendo em conta que surgiu uma mensagem no Facebook a apelar para um suicídio colectivo naquele local.

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas