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'Cura' para o Ébola? "Executem-se de imediato" todos os infetados
Todd Kincannon é um republicano que gosta de ?disparar? para todos os lados no Twitter. Munido de ideias bastante assertivas, culpa Obama e África pelo Ébola. E apresenta o napalm e a execução sumária de pacientes como a solução mais adequada.
© Reuters
Mundo Republicano
Todd Kincannon não é de meias medidas. Conta o Expresso que este antigo diretor do Partido Republicano da Carolina do Sul vê no extermínio de doentes, inclusivamente através de uma sanitização com recurso a Ébola, a solução para o vírus que fez milhares de vítimas em África e assusta as autoridades internacionais.
Há dois dias, no Twitter, este advogado conservador defendeu mesmo que "as pessoas com Ébola nos Estados Unidos deviam ser executadas". Mas as suas soluções dantescas incluem também o protocolo de saúde para a população afetada pela doença na África Ocidental: “execução imediata” de quem tiver um teste positivo e “sanitização de toda a região”. E como seria?
Com recurso a Napalm, bem ao gosto do tenente-coronel norte-americano de 'Apocalypse Now' interpretado por Robert Duvall, que adorava “o cheiro de napalm pela manhã”.
Kincannon, com 34 anos, queixa-se também do facto de os Estados Unidos terem trazido de volta ao país cidadãos seus que contraíram a doença. E embora diga que “não é uma questão racista”, faz questão de perguntar por que é que foi também de África que vieram outros vírus, da Sida ao vírus do oeste do Nilo.
Sobre África, aliás, a posição de Kincannon atinge níveis surpreendentes: "os africanos têm a culpa da situação ser tão má. Eles devem deixar o canibalismo e aprender cálculo", cita o Expresso.
O advogado consegue ainda fazer uma ligação curiosa entre o vírus e a economia norte-americana. Como elegeram “um queniano”, diz, referindo-se a Barack Obama, a América agora tem Ébola e desemprego. Não nos admiremos se lançar napalm sobre desempregados venha a ser apresentado como solução para as taxas de desemprego elevadas.
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