"Ficou confirmado que a adesão da Ucrânia à UE não oferece garantias de segurança, portanto, vincular a adesão a garantias de segurança é desnecessário e perigoso", escreveu o líder húngaro nas redes sociais, depois da reunião extraordinária do Conselho Europeu que decorreu hoje por videoconferência.
Orbán defendeu que ficou ainda confirmado que a política de isolar a Rússia falhou e que o perigo de uma terceira Guerra Mundial "só pode ser reduzido através de uma reunião entre Trump e Putin".
"Não há solução para a guerra entre a Rússia e a Ucrânia na linha da frente, apenas os esforços diplomáticos podem trazer uma solução", salientou o primeiro-ministro ultranacionalista húngaro, um reconhecido firme apoiante do líder norte-americano, Donald Trump, e considerado um parceiro próximo do Presidente russo, Vladimir Putin.
Orbán saudou as medidas tomadas nas conversações entre Trump e Putin e apoiou a continuação do processo de negociação, com especial destaque para uma eventual segunda reunião entre os líderes norte-americano e russo e uma outra com a participação da UE.
"Mantemos a iniciativa húngara na agenda da União para propor uma cimeira Europa-Rússia o mais rapidamente possível", acrescentou.
A Hungria tem sido um dos Estados-membros da UE com uma posição mais próxima do Kremlin, recebendo ainda petróleo russo, tendo-se oposto por diversas vezes à aprovação de novas sanções contra Moscovo.
A Eslováquia e a Hungria são os únicos Estados-membros que continuam a receber petróleo graças a uma isenção às sanções europeias contra Moscovo devido à sua situação geográfica particular.
Kiev apresentou formalmente o pedido de adesão à UE em 28 de fevereiro de 2022, poucos dias depois do início da invasão russa.
Tem estatuto de país candidato desde 23 de junho desse mesmo ano.
Em meados de dezembro de 2023, o Conselho Europeu decidiu abrir as negociações formais de adesão à UE com a Ucrânia.
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