Do total de óbitos, 108 são crianças, de acordo com dados divulgados hoje pelo Ministério da Saúde do enclave, controlado pelo Hamas.
As mortes por desnutrição têm vindo a aumentar nas últimas semanas, numa crise que organizações humanitárias atribuem ao bloqueio total imposto por Israel entre 02 de março e 19 de maio, durante 11 semanas, que impediu a entrada de alimentos, medicamentos e combustível, bem como à escassez dos bens que chegam desde então.
Perante a pressão internacional, Israel anunciou no final de julho "pausas humanitárias" em algumas rotas para permitir a entrada de ajuda. No entanto, as autoridades locais denunciam que grande parte da carga é saqueada pela população e por grupos armados antes de poder ser distribuída.
As organizações humanitárias alertam que seriam necessários, no mínimo, 500 camiões por dia, com cerca de 25 toneladas cada, para responder às necessidades da população da Faixa de Gaza.
Segundo dados oficiais israelitas, em junho entravam entre 50 e 100 camiões diários. Após o início das pausas humanitárias, o número aumentou para 200 e atualmente ronda os 300 por dia, valores que o Governo de Gaza contesta, garantindo que são muito inferiores.
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