As autoridades de Hong Kong acusam estes opositores de tentarem "subverter o poder do Estado", mas os subscritores da declaração acreditam que os visados estão a ser perseguidos apenas "por exercerem a sua liberdade de expressão".
O G7 e União Europeia (UE) asseguram que continuarão a trabalhar para "defender pessoas do alcance dos governos que procuram silenciá-los, assediá-los, prejudicá-los ou coagi-los".
O texto da declaração deixa ainda um apelo à denúncia de qualquer tipo de "atividade suspeita" ou incidente que possa envolver intimidação ou pressão sobre ativistas perseguidos em Hong Kong.
A UE tinha já condenado, há uma semana, os mandados de detenção extraterritoriais emitidos pela Polícia de Segurança Nacional de Hong Kong contra ativistas pró-democracia da região administrada pela China. Entre os visados encontra-se um cidadão da UE.
Os mandados extraterritoriais foram emitidos em 25 de julho.
As autoridades de Hong Kong ofereceram recompensas por informações que levem à detenção dos 19 ativistas pró-democracia radicados no exterior e acusados de violar a Lei de Segurança Nacional.
A polícia da região semi-autónoma chinesa, vizinha de Macau, disse que os 19 ativistas "organizaram, estabeleceram ou participaram numa organização subversiva chamada Parlamento de Hong Kong", referindo-se a uma organização não-governamental pró-democracia sediada no Canadá.
O governo do Reino Unido condenou na altura a oferta de recompensas pelas autoridades de Hong Kong pelo auxílio na detenção de ativistas pró-democracia residentes em território britânico.
Os dois ministros britânicos pediram que "as autoridades chinesas e de Hong Kong parem de visar deliberadamente as vozes da oposição no Reino Unido".
Aproximadamente 150.000 cidadãos de Hong Kong emigraram para o Reino Unido através de um programa de vistos específico, introduzido em 2021.
A Lei de Segurança Nacional, imposta por Pequim em 2020, atraiu críticas internacionais pela sua utilização para reprimir a dissidência, enquanto as autoridades locais afirmam que restaurou a estabilidade após os protestos de 2019.
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