UE e G7 acusam Hong Kong de expandir repressão contra ativistas exilados

A União Europeia e o G7 acusaram hoje as autoridades de Hong Kong de praticarem "repressão transnacional" ao emitirem mandados de detenção contra 19 opositores exilados, alguns deles em países subscritores da declaração conjunta.

hong kong flag, bandeira

© Getty Images

Lusa
08/08/2025 21:35 ‧ há 2 dias por Lusa

Mundo

Hong Kong

As autoridades de Hong Kong acusam estes opositores de tentarem "subverter o poder do Estado", mas os subscritores da declaração acreditam que os visados estão a ser perseguidos apenas "por exercerem a sua liberdade de expressão".

 

O G7 e União Europeia (UE) asseguram que continuarão a trabalhar para "defender pessoas do alcance dos governos que procuram silenciá-los, assediá-los, prejudicá-los ou coagi-los".

O texto da declaração deixa ainda um apelo à denúncia de qualquer tipo de "atividade suspeita" ou incidente que possa envolver intimidação ou pressão sobre ativistas perseguidos em Hong Kong.

A UE tinha já condenado, há uma semana, os mandados de detenção extraterritoriais emitidos pela Polícia de Segurança Nacional de Hong Kong contra ativistas pró-democracia da região administrada pela China. Entre os visados encontra-se um cidadão da UE.

Os mandados extraterritoriais foram emitidos em 25 de julho.

As autoridades de Hong Kong ofereceram recompensas por informações que levem à detenção dos 19 ativistas pró-democracia radicados no exterior e acusados de violar a Lei de Segurança Nacional.   

A polícia da região semi-autónoma chinesa, vizinha de Macau, disse que os 19 ativistas "organizaram, estabeleceram ou participaram numa organização subversiva chamada Parlamento de Hong Kong", referindo-se a uma organização não-governamental pró-democracia sediada no Canadá.   

O governo do Reino Unido condenou na altura a oferta de recompensas pelas autoridades de Hong Kong pelo auxílio na detenção de ativistas pró-democracia residentes em território britânico.  

Os dois ministros britânicos pediram que "as autoridades chinesas e de Hong Kong parem de visar deliberadamente as vozes da oposição no Reino Unido".  

Aproximadamente 150.000 cidadãos de Hong Kong emigraram para o Reino Unido através de um programa de vistos específico, introduzido em 2021.

A Lei de Segurança Nacional, imposta por Pequim em 2020, atraiu críticas internacionais pela sua utilização para reprimir a dissidência, enquanto as autoridades locais afirmam que restaurou a estabilidade após os protestos de 2019.  

Leia Também: Taiwan endurece requisitos de viagem de funcionários a Hong Kong e Macau

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