De acordo com um comunicado do ministério, a operação permitiu recuperar o controlo da cidade de Barire, na região sul de Baixo Shabelle e a sudoeste de Mogadíscio, capital da Somália, após uma ofensiva que durou uma semana e na qual foram recuperadas "armas e suprimentos militares".
"Durante a operação, mais de 100 militantes do Al-Shabab foram mortos, enquanto vários outros foram capturados vivos", indicou a instituição, acrescentando que "as tropas estão agora a realizar operações para limpar a cidade e as áreas próximas".
O ministério elogiou a coragem das Forças Armadas da Somália e da Missão de Apoio da UA na Somália (AUSSOM) e o apoio dos parceiros internacionais do país.
No dia 04, o Governo da Somália já havia informado que mais de 70 terroristas foram mortos em Barire, após quatro dias de operações, e no dia anterior, a AUSSOM confirmou a morte de 50 terroristas na mesma localidade.
O ministério da Defesa não esclareceu se o número final inclui essas mortes anunciadas anteriormente.
A AUSSOM, que substituiu em janeiro uma missão anterior da UA, é composta por tropas de Uganda, Djibuti, Quénia, Etiópia, Egito e Somália, e presta apoio ao exército somali na luta contra o extremismo.
A Somália intensificou as operações militares contra o Al-Shabab desde que o Presidente do país, Hassan Sheikh Mohamud, anunciou em agosto de 2022 uma guerra contra os terroristas.
Desde então, o exército, apoiado por sucessivas missões da UA, realizou múltiplas ofensivas contra o grupo, por vezes com a colaboração militar dos Estados Unidos (EUA) e da Turquia em bombardeamentos aéreos.
O Al-Shabab, grupo com ligações desde 2012 à rede terrorista Al-Qaida, comete frequentes atentados para derrubar o Governo - apoiado pela comunidade internacional - e instaurar um Estado islâmico Wahabita (ultraconservador).
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