"Como a pena de prisão perpétua está excluída, pedimos 25 anos de prisão para Masra e os seus co-réus", declarou o procurador-geral em Ndjamena, capital do Chade.
Este julgamento tem duas partes: a de cerca de 70 homens acusados de participar num massacre sangrento em 14 de maio e a de Succès Masra.
O ex-primeiro-ministro, líder do partido da oposição 'Les Transformateurs', detido a 16 de maio, é julgado por "incitamento ao ódio, à revolta, constituição e cumplicidade de grupos armados, cumplicidade em homicídio, fogo posto e profanação de sepulturas".
A 14 de maio, 42 pessoas, na maioria mulheres e crianças, foram mortas em Mandakao, sudoeste do Chade, segundo a Justiça chadiana, que acusa Masra de provocar este massacre.
Uma mensagem de áudio, datada de 2023, foi apresentada para incriminar Succès Masra.
Os advogados de Succès Masra afirmaram na terça-feira que nenhuma prova tangível foi apresentada ao tribunal desde o início do julgamento na quarta-feira, acrescentando que estão "à procura de uma ligação que possa relacionar os acusados na cena do crime", continuando sem respostas.
Succès Masra, originário do sul do país, pertence à etnia ngambaye e que tem uma grande popularidade entre as populações do sul, muitas cristãs e animistas, que se consideram frequentemente marginalizadas pelo regime de NDjamena, maioritariamente muçulmano.
Leia Também: Número de infetados com Mpox em Moçambique sobe para 34