No mais recente boletim diário da evolução da doença, divulgado pela Direção Nacional de Saúde Pública e consultado pela Lusa, com dados de 11 de julho a 07 de agosto, além do acumulado de 34 positivos, é referido que a doença continua a não apresentar letalidade, sem registo de óbitos, somando ainda 18 recuperados.
O novo caso registado nas últimas 24 horas foi confirmado no distrito de Lago, epicentro do surto atual, província de Niassa, no norte do país. Houve ainda registo de 53 novos casos suspeitos no mesmo período - de 222 para 275 -, entre a cidade e província de Maputo, bem como nas províncias de Niassa, Sofala, Nampula, Gaza, Zambézia e Manica, estando 134 contactos em seguimento pelas autoridades de saúde.
Até ao momento, as autoridades sanitárias contabilizam 29 casos de mpox no Niassa (norte), dois em Manica (centro) e três na província de Maputo (sul).
O diretor nacional de Saúde Pública em Moçambique pediu na quarta-feira que se evite o pânico e a desinformação em relação à mpox, visando combater a discriminação que possa surgir contra as vítimas.
Moçambique espera receber em setembro vacinas para conter um possível cenário de alastramento de casos de mpox, anunciou na terça-feira o Governo.
As autoridades moçambicanas anunciaram na semana passada um reforço da vigilância fronteiriça, com equipas de rastreio e testagem, para travar a propagação de casos de mpox.
As autoridades sanitárias garantiram também que Moçambique está preparado para lidar com o mpox, com capacidade para 4.000 testes, feitos localmente, tendo já usado mais de 180 neste surto.
A mpox é uma doença viral zoonótica, identificada pela primeira vez em 1970, na República Democrática do Congo. No atual surto, na África austral, desde 01 de janeiro, já foram notificados 77.458 casos da doença, em 22 países, com 501 óbitos.
O primeiro caso de mpox em Moçambique aconteceu em outubro de 2022, com um doente em Maputo. O coordenador do COESP, órgão da Direção Nacional de Saúde Pública, aponta a capacidade de testagem que agora existe nas províncias, com 4.000 testes disponíveis e mil para análises de reagentes para identificar estirpes de casos positivos, como a grande mudança em três anos.
Moçambique tem agora capacidade para testar em todas as capitais de província, através dos laboratórios de Saúde Pública, disse.
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