Trump diz que Arménia e Azerbaijão comprometem-se a cessar hostilidades

A Arménia e o Azerbaijão comprometeram-se a cessar permanentemente o conflito territorial que opõe há décadas as duas antigas repúblicas soviéticas, e assinaram diversos tratados relacionados com o processo de paz, afirmou hoje o Presidente norte-americano.

US president welcomes president of Azerbaijan to White House

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Lusa
08/08/2025 21:36 ‧ há 11 horas por Lusa

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"A Arménia e o Azerbaijão estão empenhados em pôr fim a todos os conflitos para sempre, em reabrir o comércio, as viagens e as relações diplomáticas, e em respeitar a soberania e a integridade territorial de cada um", afirmou Trump, que tinha anunciado para hoje uma "cimeira de paz histórica" na capital norte-americana.

 

Donald Trump declarou ainda o levantamento das restrições à cooperação militar entre os Estados Unidos e o Azerbaijão.

As partes vêm tentando há meses aproximar posições para finalizar o acordo de paz, após décadas de conflito.

Em 13 de março, as autoridades de ambos os países acordaram a versão final do texto do acordo de paz para o conflito entre as partes, cujo epicentro foi a região de Nagorno-Karabakh, zona reintegrada pelo Azerbaijão após uma ofensiva militar azeri em 2023 que provocou o êxodo da maioria da população arménia daquela zona.

Desde então, Baku fez uma série de exigências, incluindo alterações à Constituição da Arménia para retirar as suas reivindicações territoriais sobre o Nagorno-Karabakh, antes da assinatura do documento.

Nagorno-Karabakh é um território de aproximadamente 4.400 quilómetros quadrados no Cáucaso do Sul, reintegrado no Azerbaijão após a ofensiva militar azeri em 2023, após as guerras de 1998 e 2020. A área, que tinha uma maioria arménia, esteve sob o controlo das forças pró-arménias por mais de três décadas, apesar de a comunidade internacional ter reconhecido a região como parte do Azerbaijão.

O Presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, elogiou hoje Trump por trazer "paz" para a região do Cáucaso, manifestando a sua gratidão.

O primeiro-ministro arménio, Nikol Pashinyan, classificou o acordo como um sucesso para os dois países, para a região e para o mundo e elogiou Trump pelo seu "legado como estadista e pacificador".

Trump disse que os três tinham acabado de ter uma conversa "extensa" e assinado "documentos volumosos" relacionados com o roteiro de paz.

O acordo criará um novo corredor comercial e de trânsito com o nome de Trump, que ligará o Azerbaijão continental e o enclave azeri de Nakhchivan, uma região autónoma.

Esta ligação era um objectivo fundamental do governo azeri nas negociações de paz.

Ao anunciar o acordo entre a Arménia e o Azerbaijão, o Presidente norte-americano afirmou que "resolveu a questão fundamental" ao estabelecer "aquilo a que estão a chamar a 'Corredor Trump para a Paz e a Prosperidade Internacional'".

Trump disse que batizar o corredor em sua homenagem foi "uma grande honra", garantindo que não o solicitou.

Um alto funcionário do governo norte-americano afirmou aos jornalistas antes do evento que foram os arménios a sugerir que o corredor entre os países se chamasse Trump.

Leia Também: Tribunal dos EUA bloqueia ordem de deportação de migrantes pelo governo

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