De acordo com o porta-voz do Ministério Público, Przemyslaw Nowak, o acusado, Artsiom K., procurou ser contratado de forma "desleixada" pelos serviços secretos russos, publicando anúncios em fóruns na Internet e redes sociais, oferecendo os seus serviços de espionagem e sabotagem.
Se for condenado, incorre numa pena de seis meses a oito anos de prisão.
De acordo com os investigadores, entre 08 e 12 de dezembro de 2024, o cidadão bielorrusso manifestou a sua disponibilidade para realizar "ações de informações e subversivas" tanto na Polónia como noutros países da União Europeia.
Além disso, ofereceu-se para fornecer dados sobre a localização de infraestruturas críticas na Polónia e informações sobre cidadãos bielorrussos que discordam do regime do Presidente do seu país, Alexander Lukashenko.
O arguido declarou-se inocente e tentou justificar as suas ações durante os interrogatórios como "um erro".
O primeiro-ministro polaco, Donald Tusk, declarou recentemente que 32 pessoas estão detidas na Polónia sob acusação de colaborar com os serviços de informação russos em atos de espionagem e sabotagem dentro do seu país, vizinho da Bielorrússia e também da Ucrânia, invadida pela Rússia em fevereiro de 2022.
Tusk especificou que entre os detidos estão polacos, russos, ucranianos, bielorrussos e um colombiano, e confirmou que um deles já foi condenado, enquanto os restantes aguardam julgamento.
As autoridades polacas declararam que estes detidos receberam pagamentos, em alguns casos através de criptomoedas, e que a maioria foi recrutada através das redes sociais e de plataformas de mensagens como o Telegram.
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