OMS destaca "avanços notáveis" de São Tomé no combate à malária

São Tomé e Príncipe registou duas mortes relacionadas com malária nos últimos cinco anos, anunciou hoje a Organização Mundial da Saúde (OMS), que considera que o país tem feito "avanços notáveis" no combate à doença.

Populares passam por uma nuvem de fumo de inseticida contra o mosquito da malária, em Bombaim, Índia. DIVYAKANT SOLANKI/LUSA

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Lusa
05/08/2025 18:11 ‧ há 2 dias por Lusa

Mundo

OMS

Segundo dados da organização de saúde pública em África, no primeiro trimestre de 2025, o país registou 1.293 casos de malária e nenhuma morte.

 

"A região autónoma do Príncipe - a menor das duas ilhas principais que constituem São Tomé e Príncipe - registou apenas três casos de malária em março de 2025, em comparação com nove no mesmo período do ano anterior", acrescentou a agência de saúde das Nações Unidas (ONU).

A agência da ONU frisou que, com base neste progresso, o Programa Nacional de Eliminação da Malária (PNEP), apoiado por si, "está a liderar os esforços para sensibilizar as comunidades e manter o foco na superação dos desafios para eliminar a malária".

De acordo com o delegado regional interino da região autónoma do Príncipe, o médico Wilson Soares, entre 2018 e 2020 não foram registados casos autóctones de malária na região.

"Esta conquista tornou a ilha um foco central da estratégia de eliminação da malária para 2025", referiu Soares, citado na nota de imprensa.

Embora a intensificação das medidas integradas de controlo da malária tenha produzido resultados positivos, colocando São Tomé e Príncipe na iniciativa E2025 da OMS para a potencial eliminação em 2025, o recente aumento dos casos de malária atrasou o progresso, lamentou a agência da ONU.

"Em média, foram registados 15 a 30 casos por ano. Em 2024, foram notificados 34 casos", citou.

Este caminho para a erradicação traz, de forma inerente, a perda da imunidade.

"As pessoas perderam a imunidade à doença e, se não forem implementadas medidas preventivas, como a pulverização das casas, a utilização de redes mosquiteiras impregnadas e medidas de higiene e saneamento ambiental, a doença surge com mais intensidade", explicou a coordenadora do PNEP, a médica Didiena Vilhete.

O país, com o apoio da OMS, desenvolveu um novo plano para 2023-2027, que visa alcançar zero casos autóctones de malária em Caué e em cinco outros distritos de São Tomé, bem como na região autónoma do Príncipe até 2027, referiu a ONU.

Para a chefe de saúde pública e controlo de doenças da OMS no país, Jéssica Veiga Soares, "este objetivo só pode ser alcançado reforçando a vigilância da doença, implementando uma estratégia forte de monitorização e avaliação, garantindo a qualidade dos diagnósticos laboratoriais, implementando o tratamento correto de todos os casos de malária e assegurando intervenções integradas de controlo de vetores".

Em consonância com o compromisso de eliminação, o Programa Nacional de Controlo da Malária foi renomeado Programa Nacional de Eliminação da Malária, "com estratégias redefinidas centradas em intervenções direcionadas e reativas e marcos epidemiológicos, a nível nacional, começando pela região autónoma do Príncipe e pelo distrito de Caué, e alargando-se posteriormente a outros distritos", acrescentou a OMS.

Esta tem sido também uma luta do Governo são-tomense que no passado dia 02 de agosto, na sua 18.ª sessão ordinária, teve como um dos pontos na agenda, os "Estudos laboratoriais sobre mosquitos geneticamente modificados", segundo a nota de imprensa do executivo.

"O Conselho de Ministros orientou o ministro da Saúde a implementar a certificação de biossegurança (...) para autorizar a continuidade de estudos em laboratório fechado, com vista à inoculação de moléculas em mosquitos para uma futura utilização desses vetores no combate à malária", comunicou o Governo, em comunicado, após a sua reunião.

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