O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou, esta quinta-feira, que não é contra um possível encontro com o seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky. No entanto, referiu que têm de ser criadas condições para que essa reunião aconteça.
"Já disse que não tenho nada contra isso [um encontro com Zelensky] no geral. É possível. No entanto, devem ser criadas certas condições para o fazer e, infelizmente, ainda há um longo caminho pela frente para que sejam criadas tais condições", disse Putin em declarações aos jornalistas citado pela agência estatal russa TASS.
O mesmo meio refere que o Kremlin tem dito que a Rússia está pronta para uma reunião com o presidente da Ucrânia e dá ainda conta de que Kyiv tem insistido para que este encontro aconteça, mas que não tem uma agenda clara.
Recorde-se que os Estados Unidos já mencionarem um reunião trilateral - EUA, Ucrânia e Rússia -, mas o Kremlin afastou a possibilidade de o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, participar no encontro que acontecerá nos "próximos dias" entre Putin e Trump.
O presidente russo, Vladimir Putin, adiantou, esta quinta-feira, que os Emirados Árabes Unidos são um possível local para o encontro com o seu homólogo norte-americano, Donald Trump, que tem como objetivo discutir a guerra na Ucrânia.
A reunião foi acordada na véspera do término do prazo que Trump deu à Rússia para suspender a sua ofensiva na Ucrânia e mostrar iniciativa para negociar o fim do conflito. Caso isso não acontecesse, Washington ameaçou Moscovo com novas e pesadas sanções.
Este encontro será a primeira cimeira EUA-Rússia desde 2021, quando o antigo presidente norte-americano Joe Biden se reuniu com Putin em Genebra, Suíça.
A realizar-se, a reunião constituirá um marco significativo nos esforços de Trump para pôr fim à guerra, embora não haja garantia de que parem os combates, uma vez que Moscovo e Kyiv continuam muito distantes nas suas condições para a paz.
Saliente-se que, esta quinta-feira, o presidente ucraniano, após uma conversa telefónica com o presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou que "a Ucrânia está pronta para um cessar-fogo", mas que "ainda não houve uma resposta clara da Rússia".
"A Ucrânia está pronta para isso [cessar-fogo] e ainda não houve uma resposta clara da Rússia. O futuro deverá mostrar quais serão as consequências se a Rússia continuar a arrastar a guerra e a atrapalhar os esforços construtivos", escreveu na rede social X.
De recordar que a ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
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