"A decisão do Governo de Israel de expandir as operações militares em Gaza tem de ser reconsiderada", escreveu a presidente do executivo comunitário, nas redes sociais.
Ursula von der Leyen pediu a libertação dos reféns israelitas ainda retidos em Gaza - cerca de 50, dos quais 20 ainda vivos -, que, disse, estão em "condições desumanas".
A responsável europeia defende ainda que um "acesso imediato e sem obstáculos" da ajuda humanitária da Gaza "para entregar o que é urgentemente necessário no terreno", após meses de bloqueio e quando a ONU alerta para uma "fome generalizada" no enclave, onde vivem mais de dois milhões de palestinianos.
Ursula von der Leyen insistiu ainda no apelo a um cessar-fogo "agora".
O gabinete de segurança de Israel aprovou hoje de madrugada uma proposta do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, para a ocupação militar da cidade de Gaza, no norte do enclave.
O plano, que previa inicialmente a ocupação de toda a Faixa de Gaza, foi de imediato criticado por familiares de reféns israelitas, pela Autoridade Nacional Palestiniana e por vários governos.
Trata-se de uma nova fase da guerra em curso na Faixa de Gaza desencadeada pelo ataque em Israel do grupo extremista Hamas de 7 de outubro de 2023, com um balanço de dezenas de milhares de mortos e acusações de genocídio contra o Governo de Benjamin Netanyahu.
Leia Também: Hamas denuncia plano israelita para Gaza que "custará caro" a Israel