O ministro criticou os planos de "intensificação da ocupação militar" de Gaza, enfatizando a necessidade urgente de um cessar-fogo permanente, o fluxo massivo de ajuda humanitária e a libertação de todos os reféns ainda detidos pelo grupo islamita Hamas.
A paz definitiva na região, acrescentou Albares numa mensagem publicada nas redes sociais, só será alcançada com o "estabelecimento de uma solução de dois Estados", que inclua um Estado da Palestina "realista e viável".
O Conselho de Segurança de Israel aprovou esta madrugada uma proposta do primeiro-ministro para ocupar militarmente a cidade de Gaza, no norte do enclave, a fim de "derrotar o [movimento islamita palestiniano] Hamas".
Apesar de o plano só determinar a ocupação da cidade de Gaza e não mencionar o resto do enclave, Benjamin Netanyahu já tinha afirmado que queria estender a operação a toda a Faixa.
O gabinete de segurança de Israel aprovou hoje de madrugada uma proposta do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, para a ocupação militar da cidade de Gaza, no norte do enclave.
O plano, que previa inicialmente a ocupação de toda a Faixa de Gaza, foi de imediato criticado por familiares de reféns israelitas, pela Autoridade Nacional Palestiniana e por vários governos.
Trata-se de uma nova fase da guerra em curso na Faixa de Gaza desencadeada pelo ataque em Israel do grupo extremista Hamas de 07 de outubro de 2023, com um balanço de dezenas de milhares de mortos e acusações de genocídio.
Em declarações à estação norte-americana de televisão Fox News, antes da reunião, o primeiro-ministro israelita explicou que o objetivo é ocupar toda a Faixa de Gaza, não para a manter ou governar, mas para manter um "perímetro de segurança" que deve ser governado pelas "forças árabes" sem ameaçar Israel e sem o Hamas.
O Governo espanhol, liderado pelo socialista Pedro Sánchez, tem sido um dos mais críticos de Israel desde o início da ofensiva israelita contra o enclave palestiniano, após o ataque sem precedentes do Hamas, que fez 1.200 mortos e cerca de 250 reféns.
Em maio do ano passado, Espanha, juntamente com Irlanda e Noruega, reconheceram o Estado da Palestina.
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