"Uma crueldade abjeta, uma desumanidade sem limites: é isso que representa o Hamas. As imagens insuportáveis (...) que mostram reféns israelitas detidos em Gaza recordam-nos isso com horror", escreveu numa publicação na rede social X, sublinhando que "a prioridade absoluta e o imperativo para a França são a libertação imediata de todos os reféns".
O chefe de Estado disse pensar "com emoção em Evyatar David, em Rom Braslavski, em todos os reféns ainda detidos, assim como nas suas famílias e entes queridos mergulhados num inferno há mais de 660 dias".
A publicação, na quinta e sexta-feira, parte do Hamas e da Jihad Islâmica, de vídeos que mostram Evyatar David e Rom Braslavski extremamente magros gerou comoção em Israel e reacendeu o debate sobre a necessidade de alcançar um acordo para libertar os reféns.
Emmanuel Macron promete continuar a "agir incansavelmente" para alcançar "a libertação incondicional, restabelecer sem demora o cessar-fogo e permitir o envio massivo de ajuda humanitária, ainda bloqueada às portas de Gaza".
An abject cruelty, an unlimited inhumanity: this is what Hamas embodies.
— Emmanuel Macron (@EmmanuelMacron) August 3, 2025
The unbearable images showing Israeli hostages held in Gaza remind us of this horror.
We think with deep emotion of Evyatar David, Rom Braslavski, all the hostages…
Entretanto, Paris prossegue com as operações de lançamento aéreo de ajuda, iniciadas na sexta-feira.
França prevê lançar um total de 40 toneladas de alimentos sobre o território palestiniano, ameaçado de uma "fome generalizada", segundo a ONU.
O presidente francês, que anunciou no final de julho que o país vai reconhecer oficialmente o Estado da Palestina na Assembleia Geral das Nações Unidas em setembro, recorda também a necessidade de uma "solução política para o dia seguinte".
"Essa solução é a dos dois Estados, Israel e Palestina, a viverem lado a lado em paz", defende, ressalvando que "nesta perspetiva política que defendemos, exigimos a desmilitarização total do Hamas, a sua exclusão completa de qualquer forma de governação e o reconhecimento de Israel por parte do Estado da Palestina".
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