Em comunicado, a Comissão Europeia justificou a atribuição deste valor perante a crise humanitária no Afeganistão "que continua a ser uma das mais severas no mundo".
De acordo com a Comissão, o valor vai "auxiliar organizações humanitárias que estão a trabalhar dentro do Afeganistão com 141 milhões de euros" e os restantes 20 milhões de euros vão ser distribuídos entre o Paquistão e o Irão, que são os países que acolheram mais refugiados afegãos.
O valor vai ser utilizado para distribuir comida, água, para a prestação de serviços de saúde e para tratar os casos de desnutrição.
Em simultâneo, o executivo comunitário anunciou que hoje deverá chegar um carregamento com 100 toneladas de "bens essenciais humanitários".
Segundo a ONU, o número de pessoas que precisam de ajuda para sobreviver no Afeganistão é o segundo maior do mundo.
Em abril passado, a Missão de Assistência das Nações Unidas no Afeganistão (UNAMA) pediu aos doadores internacionais que continuassem a apoiar os 22,9 milhões de afegãos que precisam de ajuda neste ano.
De acordo com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), 85% dos afegãos vivem com menos de um dólar por dia.
Os talibãs regressaram ao poder no Afeganistão em agosto de 2021. Apesar do controlo sobre o país, o governo talibã não é formalmente reconhecido pela comunidade internacional.
A falta de reconhecimento internacional é um desafio para os esforços dos talibãs de se relacionarem com os Estados Unidos e outras nações no cenário internacional, já que limita as interações diplomáticas e o acesso a ajuda internacional e aos sistemas financeiros.
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