A instituição, que funcionará em Manaus, capital regional do estado brasileiro do Amazonas, será coordenada pela Polícia Federal e foi idealizada para viabilizar a troca de informações e o desenvolvimento de ações integradas no combate a crimes ambientais, tráfico de drogas e contrabando de mercadorias.
"Um Estado sozinho não pode mais enfrentar esse flagelo global; os países precisam se unir para combater o crime organizado", declarou o ministro da Justiça do Brasil, Ricardo Lewandowski, durante a cerimónia de inauguração.
A iniciativa, que reúne forças de segurança de nove estados brasileiros e de nove países sul-americanos com fronteiras na região, representa, segundo o mesmo ministro, uma aposta na integração.
"O crime organizado não é mais um problema local. Ele é um flagelo global e só pode ser enfrentado com ações integradas, coordenadas e com a troca constante de informações e inteligência entre os países", afirmou Lewandowski.
Financiado pelo Fundo Amazónia e com o apoio do financeiro do Banco Nacional de Desenvolvimento Económico e Social (BNDES), o CCPI contará com uma sala de monitoramento e especialistas em inteligência e logística.
A Amazónia, maior floresta tropical do planeta, tem sido explorada por pessoas que praticam atividades ilegais de extração de madeira e mineração, muitas vezes ligadas a redes de crime organizado, que levam à deterioração progressiva da vegetação e à poluição dos rios. Além disso tornou-se também uma rota para o tráfico de drogas e branqueamento de dinheiro do crime.
Nesse contexto, o Governo brasileiro tem procurado apoio para reativar a Organização do Tratado de Cooperação Amazónica (OTCA), uma organização intergovernamental formada pela Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela, países que assinaram o Tratado de Cooperação Amazónica (TCA), em 1978.
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