O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, assinaram, na segunda-feira, um acordo comercial e o momento ficou marcado por um episódio caricato, que não escapou aos mais atentos.
A assinatura do acordo foi anunciada à margem da cimeira do G7, que decorre na estância de montanha de Kananaskis, no sudeste do Canadá, mas Trump viria a ser traído pelo vento, numa aparição ao ar livre, acabando por deixar cair uma cópia do documento.
"Acabámos de assinar um documento", começou por dizer Trump aos jornalistas, deixando cair as folhas no chão assim que abriu a pasta.
Keir Starmer inclinou-se rapidamente e apressou-se a pegar nos papéis.
"Peço desculpa por isto - está um pouco de vento aqui fora", sublinhou o presidente norte-americano.
"Um documento muito importante", disse Starmer entre risos.
Mas Trump viria a cometer mais uma gafe, invocando a União Europeia quando queria dizer Reino Unido.
"Acabámos de o assinar e está feito. Portanto, temos o nosso acordo comercial com a União Europeia e é um acordo justo para ambos. Vai gerar muitos empregos, muitos rendimentos. E temos muitos, muitos outros", declarou.
Pode ver um vídeo do momento na galeria acima.
Note-se que o acordo não inclui tarifas sobre o aço, um produto especialmente importante do comércio bilateral. Ainda estão em curso negociações sobre se as tarifas sobre o aço serão reduzidas a zero, como planeado no acordo provisório, noticiou a agência Associated Press (AP).
Starmer garantiu ontem que o acordo comercial está "na fase final de implementação" e disse esperar "que esteja concluído muito em breve".
O secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, referiu na semana passada que os EUA podem estender a pausa nas tarifas recíprocas, prevista para terminar em 9 de julho.
Donald Trump anunciou no início de abril a implementação de tarifas recíprocas, que tributariam os produtos de um determinado país com base no défice comercial dos EUA com esse país.
Este anúncio causou considerável agitação política e uma quebra nos mercados financeiros.
Pouco depois, Trump suspendeu as tarifas por 90 dias, dando tempo para negociar acordos comerciais com os vários países.
A suspensão aplica-se a todas as tarifas acima de uma sobretaxa de 10% recentemente imposta, que a administração Trump considera um nível mínimo para os produtos que entram nos Estados Unidos (com algumas exceções).
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