O ministro ultranacionalista de Israel, Itamar Ben Gvir, visitou na segunda-feira a Esplanada das Mesquitas onde disse ter rezado pela vitória de Israel em Gaza, afirmando que os "inimigos devem ser espezinhados".
O Ministério dos Negócios Estrangeiros do Egito alertou hoje, em comunicado que as ações provocatórias do ministro israelita ofenderam as crenças e os sentimentos de centenas de milhões de muçulmanos em todo o mundo.
O Executivo do Cairo alertou também sobre as graves consequências das ações de Ben Gvir, que considerou imprudentes, para a segurança da região.
O Egito, além de condenar a visita do ministro do Interior de Israel, apelou às partes para mostrarem flexibilidade necessária para pôr fim à crise em Gaza.
Por outro lado, de acordo com uma fonte egípcia citada hoje pelo canal de televisão do Egito Al QaheraNews, os mediadores do Egito estão neste momento a tentar aproximar os pontos de vista de Israel e do Hamas.
A Esplanada das Mesquitas é o terceiro local mais sagrado do Islão sendo que é "de facto" controlada por Israel após a tomada da Cidade Velha de Jerusalém durante a Guerra dos Seis Dias (1967) - e foi o local do Primeiro e Segundo Templos judeus, destruídos e dos quais apenas resta o Muro das Lamentações, bem como a Mesquita de Al Aqsa,
Numa nota semelhante, o governo do Qatar advertiu que a política adotada pelo governo israelita nos territórios palestinianos ocupados pode conduzir a uma expansão do ciclo de violência e de caos na região.
As visitas de altos funcionários israelitas ao recinto são sempre motivo de condenação por parte das autoridades palestinianas e jordanas, responsáveis pela aplicação das medidas que controlam as presenças de judeus na Esplanada das Mesquitas.
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