A Rússia reagiu, esta manhã, às declarações de Donald Trump que acusou Vladimir Putin de estar "completamente louco".
O Kremlin acredita que as afirmações do presidente dos Estados Unidos têm mais que ver com "emoções" do que com razão, noticia a Reuters.
"Este é um momento muito importante que está ligado, naturalmente, à carga emocional de absolutamente toda a gente e a reações emocionais", disse Dmitri Peskov, porta-voz do Kremlin, a sede da presidência russa.
Sobre os ataques, disse que Putin "toma as decisões que são necessárias para garantir a segurança do país", segundo a agência de notícias espanhola EFE.
Apesar disso, agradeceu a Trump pelo seu papel nas conversações de paz entre a Ucrânia e a Rússia. "Estamos gratos aos norte-americanos e ao presidente Trump pela sua contribuição para a organização e o lançamento do processo de negociação", acrescentou.
A Rússia intensificou os ataques contra a Ucrânia desde sábado, batendo "recordes" consecutivos em relação aos 'drones' utilizados, numa altura em que os Estados Unidos estão empenhados em juntar as duas partes.
Trump disse durante a campanha eleitoral que iria terminar com a guerra em 24 horas, mas todas as iniciativas para pôr termo ao conflito iniciado pela Rússia têm sido infrutíferos.
Kyiv anunciou hoje que as forças armadas russas lançaram 335 'drones', um número sem precedentes desde o início da invasão em grande escala, em fevereiro de 2022.
Foi a terceira noite consecutiva de ataques com 'drones' e, segundo o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, Putin está a demonstrar "o quanto despreza o mundo", numa altura marcada pelos esforços diplomáticos dos Estados Unidos.
"O mundo passa mais tempo a 'dialogar' com ele do que a exercer uma verdadeira pressão", lamentou Zelensky, segundo a EFE.
[Notícia atualizada às 12h03]
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