Trump disse no domingo que Putin "está completamente louco" e "está a matar desnecessariamente muitas pessoas" na Ucrânia, em mais uma demonstração de irritação pelos ataques incessantes ao território ucraniano e pela falta de progresso no processo de diálogo entre a Ucrânia e a Rússia com vista ao fim das hostilidades, em curso desde a invasão russa da Ucrânia, em fevereiro de 2022.
Segundo Macron, que falou à imprensa durante uma visita ao Vietname, Trump percebeu que Putin lhe tinha "mentido" depois de dizer que estava "pronto para a paz".
Nesse sentido, o presidente francês voltou a pedir ao líder russo que aceite a entrada em vigor de um cessar-fogo "tão duradouro quanto possível".
Macron defende mesmo o estabelecimento de um "prazo" para Putin começar a implementar um cessar-fogo, sob a ameaça de "retaliação massiva" contra a Rússia se não tomar medidas firmes para colocar fim ao atual conflito.
"O que está a acontecer na Ucrânia é inaceitável e extremamente grave", declarou o Presidente francês.
A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022, numa nova etapa da guerra que teve início em 2014 com a anexação da península ucraniana da Crimeia pelos russos.
Sobre a guerra comercial iniciada por Trump, marcada recentemente pela decisão do líder norte-americano em adiar até julho a tarifa de 50% sobre os produtos europeus, Macron afirmou que, embora possam existir "desequilíbrios", estes "não podem ser resolvidos com tarifas".
Nesse sentido, o líder francês alertou que a "incerteza" contínua pode também levar a uma desaceleração do investimento.
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