"De acordo com o testemunho dos observadores internacionais, incluindo a delegação russa, (...) as eleições realizaram-se de forma organizada, a um alto nível e sem infrações", declarou a porta-voz do MNE russo, Maria Zakharova, num comunicado.
Zakharova afirmou que o "sistema fiável" de identificação e proteção do voto da Venezuela impediu "qualquer possibilidade de falsificação" durante os atos eleitorais.
"Confirmamos o nosso compromisso fundamental de continuar a fortalecer as relações entre os nossos países, no espírito de uma parceria estratégica, e de manter uma coordenação estreita nos fóruns internacionais e regionais", concluiu.
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE), pró-chavismo, anunciou "de forma irreversível" que a formação no poder, o Partido Socialista Unido (PSUV), liderado pelo Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, venceu em 23 das 24 regiões, incluindo o chamado Essequibo, um território de quase 160 mil quilómetros quadrados disputado com a Guiana e que Caracas considera o seu 24.º estado.
O CNE informou também que o chavismo ganhou, numa "tendência irreversível", 40 dos 50 assentos da "lista nacional" para a Assembleia Nacional e indicou que o atual presidente do parlamento venezuelano, o pró-Governo Jorge Rodríguez, foi reeleito como deputado, ao passo que o candidato da oposição Henrique Capriles conquistou um mandato parlamentar para esta legislatura.
A líder da oposição, María Corina Machado, que tinha emitido um apelo para a abstenção, afirmou no domingo que mais de 85% dos venezuelanos não votou nestas eleições.
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